terça-feira, abril 30, 2013

sopa e dança

No próximo sábado, a 20ª edição do Congresso da Sopa, como habitual na Ilha do Mouchão, ali bem no centro de Tomar.
Serão algumas dezenas de sopas para contento do estômago, e eu já estou a salivar.

saber mais aqui.







Entretanto na véspera, sexta dia 3, um mega Flash Mob (inicialmente marcado para hoje, mas adiado pelo tempo) na Corredoura (Rua Serpa Pinto), pelas 21h30, para alimentar o espírito e ganhar apetite para o dia seguinte :)
Devem vir vestidos à anos 70. O evento será gravado para posterior divulgação.

saber mais em: www.soradidance.weebly.com/

sábado, abril 27, 2013

«Antes da Democracia»

A minha nota do dia 24 de abril na rádio Hertz pode também ser lida na totalidade no esquerdo capítulo.


(...) «Nacionalismo bacoco, autoritarismo, censura, proteção de classes, ou melhor dizendo, proteção dos poucos muito ricos e favorecidos e mantendo todos os outros no seu lugar de origem, esta era a realidade de um país onde uma sardinha podia servir para a refeição de mais que uma pessoa e ter dois pares de sapatos era um luxo impossível para muitos.

Sem liberdade política, religiosa, ou qualquer outra afinal, os portugueses viviam “orgulhosamente sós” no mundo, “pobrezinhos mas honrados”, tendo como princípios basilares da sua vida “deus, pátria e família” como bem cedo na escola eram adestrados para acreditar.
Muitos jovens foram para a guerra do ultramar, lutar por terras e riquezas que não eram suas e contra os legítimos herdeiros seculares desses locais numa guerra espúria e suicida de onde muitos não voltaram e da qual os que voltaram trouxeram incuráveis cicatrizes físicas e psicológicas.
Outros foram forçados a fugir do país, para não entrar nessa guerra em nome de uma falsa pátria, ou para procurar as mínimas condições de vida que por cá não tinham.
Portugal era um país atrasado, onde se morria ainda aos milhares, fosse logo no nascimento fosse por doenças hoje praticamente erradicadas, e onde a esperança média de vida rondava os cinquenta anos. Apoios sociais, lazer, cultura e outras ideias hoje banalizadas eram palavras tão pouco conhecidas como usadas.» (...)

sexta-feira, abril 26, 2013

Atribuir parte do IRS a uma instituição

«Numa altura em que está a decorrer o prazo de entrega da declaração anual do IRS pela internet vale a pena lembrar que os contribuintes podem ajudar as entidades da nossa região (instituições particulares de solidariedade social e outras) com a entrega de 0,5 por cento do IRS.

Esta iniciativa solidária não acarreta qualquer pagamento adicional de imposto.
Basta identificar a instituição que quer apoiar indicando o respetivo número de contribuinte na declaração de IRS, como por exemplo:
CENTRO DE ASSISTENCIA SOCIAL DE TOMAR - 500851557
CIRE – CENTRO DE INTEGRAÇÃO E REABILITAÇÃO DE TOMAR – 501226010
SOCIEDADE FILARMONICA GUALDIM PAIS - 501136380
SOCIEDADE RECREATIVA E MUSICAL DA PEDREIRA - 501794182
CENTRO SOCIAL PAROQUIAL DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO DA FREGUESIA DE PAIALVO - 503050180
CENTRO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL DE OLALHAS - 504405810
CENTRO SOCIAL PAROQUIAL DE ASSEICEIRA - 503834254»
(informação retirada do Tomar na Rede)

No meu caso, há vários anos que atribuo a parte possível do meu IRS, à SF Gualdim Pais.

«o caminho único...» II

Abaixo, a resposta de António Rebelo à minha pequena provocação no post "o caminho único...", que entendo dever publicar para promover a dualidade de pontos de vista.
Entretanto, sem grande tempo para mais alongada réplica, parece-me que a realidade vai demonstrando cada vez mais a evidência. Enquanto os EUA e outras partes do mundo pressionam a Europa (ou a parte dela) que ainda teima na ideologia da austeridade colocando em causa a economia mundial, alguns países, pelo menos dentro de portas próprias, vão alterando os caminhos, por exemplo reduzindo o IVA ou aumentando os apoios sociais, enquanto nos que estão com a corda mais apertada todos os números vão ficando piores, das falências ao desemprego  recorde, passando por todas as implicações sociais.
Veja-se o caso português (onde acresce o problema de termos um governo politicamente cadáver, sem capacidade ou visão), com um desemprego já acima dos 17% e tudo pior, excepto os números do IRS... pudera!
E depois, com todas a certezas e teimosias que o governo tenta tapar os olhos aos poucos que ainda nele acreditam, vemos afinal que aos poucos vão sendo forçados a dar razão ao PS ou ao simples bom senso. O último exemplo é a proposta da criação de um banco de fomento, coisa que o PS já defende há anos.
Quer tudo isto dizer que não é preciso mexer nas instituições e estrutura do Estado, readaptar serviços, repensar algumas funções, acabar com muitos desperdícios e terminar de vez com as impunidades de quem gere mal o que é dos outros? Claro que não, mas isso é outra conversa...

«Prezado amigo:
Bem haja pelo escrito que teve a amabilidade de me dedicar. Passo a tentar responder privadamente, para poder alargar-me mais. Pode no entanto, se assim o julgar conveniente, publicar no seu blogue.
Com ou sem prémios Nobel à mistura, o fulcro da questão parece-me extremamente fácil de explicar. Quem está habituado a viver a crédito, como é o caso de Portugal, Grécia, Itália, França e por aí fora, é forçado mais tarde ou mais cedo a mudar de vida. Não por vontade própria, mas por imposição implícita dos credores. Que simplesmente não emprestam mais em condições aceitáveis. É o que nos está a acontecer.
Claro que é sempre possível arranjar expedientes alternativos, os quais têm contudo um inconveniente: em vez de resolverem o problema de fundo (mesmo que parcialmente), pelo contrário agravam-no. É só reparar, numa escala mais pequena, no caso da Madeira.
Compreende-se que o PS tenha de arranjar a argumentação possível, garantindo por exemplo que há sempre alternativas. Pena é que não diga quais, indo até às respectivas consequências.
Excluindo os crentes socialistas, ninguém acredita já que Seguro tenha qualquer política alternativa, minimamente credível e realista.
Veja-se o caso Francês. Com o presidente mais diplomado de sempre (HEC, Sciences Po, ENA), um governo de estrelas, que inclui dois anteriores primeiros-ministros, e maioria absoluta na Assembleia e no Senado, anda pelas ruas da amargura. A popularidade de Hollande, oito meses apenas após ter tomado posse, é a mais baixa de sempre. Apenas 21% dos franceses se declaram satisfeitos com ele.
Tudo porque, lendo a mesma cartilha ideológica de Seguro, garantiu que tinha políticas alternativas, menos gravosas para os eleitores do que as da direita sarkozista. Uma vez eleito, rapidamente se concluiu que mentira. A realidade é sempre muito obstinada, como sabe.
O mesmo vai suceder, INFELIZMENTE, em Tomar. Ganhe quem ganhar -e neste momento ainda está tudo em aberto- sem um projecto sólido, bem assente na realidade local, os vencedores irão julgar que vão à lã, mas vão acabar tosquiados. E todos nós vamos ser fortemente prejudicados, devido à deliberada insistência no erro de quem não se consegue governar fora da política. Triste sina a nabantina!
Um abraço fraterno, com grande preocupação, porque se até os melhores (como o meu prezado amigo) continuam a acreditar em quimeras, o nosso futuro vai ser bem negro.»

«Adenda ao mail anterior
Há também o argumento, agora cada vez mais usado, de maturidades mais longas. Trata-se obviamente de arranjar mais uma vantagem para os detentores da dívida pública, dado que mais anos para pagar = mais juros a pagar, uma vez que os juros são anuais. Acresce que, tanto no caso do Estado como do Município, uma vez que ambos gastam mais do aquilo que cobram, mais anos = mais défices acumulados = mais empréstimos para cobrir os défices.
Neste momento a nossa dívida pública já vai nos 123% do PIB. Aos quais se vão acrescentar os 4,5% de défice para este ano. Se agora já andamos a pedir emprestado sobretudo para ir pagando os juros de empréstimos anteriores, sem austeridade nem redução drástica da despesa pública, o que implica naturalmente menos serviços públicos gratuitos ou a preços subsidiados, como vamos conseguir descalçar a bota?
Não, meu prezado amigo; não se trata no meu caso de meras posições ideológicas. Antes fossem! Desgraçadamente penso que é apenas o doloroso choque com a realidade económica, com esta a desmentir todos os dias verdades em que acreditámos durante anos e anos.
Será mero fruto do acaso que o actual presidente italiano, agora com 87 anos, tenha sido um dos principais dirigentes nacionais do PCI até aos 65, quando decidiu abandonar aquela formação comunista? Ou o tal choque?
Um abraço»

quinta-feira, abril 25, 2013

Sempre!... mas a precisar de reforço.






Revolução — Descobrimento 
 
Revolução isto é: descobrimento
Mundo recomeçado a partir da praia pura
Como poema a partir da página em branco
— Katharsis emergir verdade exposta
Tempo terrestre a perguntar seu rosto


Sophia de Mello Breyner, O Nome das Coisas, 1977

terça-feira, abril 23, 2013

ler = conhecer, viajar, viver outrem...

Porque hoje é o Dia Internacional do Livro e dos Direitos de Autor (em memória de Shakespeare e Cervantes que morreram neste dia em 1616) publico este post que estava aqui em rascunho há uns dias.

Desde o início deste blogue se anunciou que sem peridodicidade certa, entre mais, aqui se falaria de livros. A verdade é que, se de tudo aqui se vai falando pouco, porque o facebook tem ganho espaço ao blogue pelo menos nos assuntos mais ligeiros, de livros então tem existido ainda mais défice. Por isso, uma referência aos últimos com que me enriqueci.

Primeiro, o último de João Tordo, o Ano Sabático |onde curiosamente a personagem principal se chama Hugo e é músico (não sou, mas estive para o ser), entre outras coincidências da história com a minha|.
Lido num ápice (ou, para ser mais exato, em duas viagens de comboio) o livro que é fruto de um dos melhores escritores da nova geração portuguesa, é daqueles em que adoramos até ao ponto em que pensamos, «pronto, agora estragou isto», depois voltamos a adorar, depois... ciclicamente até ao fim.
Muito bom, não vale a pena descrevê-lo. Leiam.

O Sentido do Fim, o mais recente romance de Julian Barnes (autor que desconhecia e que também li num ápice), é livro recém-galardoado com o Man Booker Prize 2011. A história de um homem que se confronta com o seu passado mutável. Um livro bem escrito e de grande reflexão sobre o percurso de cada uma das nossas vidas, das espetativa e das reviravoltas.

Foi leitura mais demorada, mas também é obra de outra complexidade, O Cemitério de Praga do grande Umberto Eco, um dos autores estrangeiros que mais tenho lido.
Este romance do autor do Nome da Rosa, é uma obra ousada, atual e pertinente para entendermos o processo das interacções histórico-culturais ecléticas que justificam a travessia europeia do século XX e, de certo modo, o nosso século XXI. Aqui, o autor coloca-nos no século XIX onde cruzando-se com grande figuras da história, entre jesuítas, maçons, o esoterismo, a emergência de ciências como a psicanálise e a grande discussão, à época, sobre os judeus, se edificaram as raízes do que sustentou o inconsciente colectivo europeu em que se alicerçou o nacional-socialismo de Hitler.
Umas vezes irónico, outras sádico, outras mesmo odioso, este não é um livro para os leitores mais impreparados mas, não só é essencial para poder entender muito da sociedade atual, como é um excelente ecercício literário.

Ainda não terminado, e exclusivamente nos momentos de leitura em Tomar (que nos tempos que correm são escassos) estou a ler este Herança de Traição, do jovem autor nabantino Jorge Subtil. Naturalmente uma obra diferente das anteriores, mas muito interessante pela pesquisa histórica e pela vivência social do século XIX português, estando a acção centrada particularmente na templária Quinta da Cardiga, ali a caminho da Golegã.



E porque leio sempre mais que um em simultâneo, vou já lendo um novo de João Tordo, Anatomia dos Mártires, e também um de contos do japonês Haruki Murakami, A Rapariga que Inventou um Sonho, mas desses falo, eventualmente, quando os terminar.

segunda-feira, abril 22, 2013

o caminho único...

Este post leva dedicatória para o meu caro colega blogger nabantino, António Rebelo, que no seu Tomar, a dianteira vai advogando a tese de que não há alternativa à austeridade, e que para o sustentar quase sempre utiliza opiniões de comentadores e outros protagonistas da direita. Apenas para evidenciar que há outras opiniões, e como não podia deixar de ser, há sempre alternativas.

Uma das muitas vozes discordantes do caminho atestadamente errado e cada vez mais contestado, seguido pela generalidade dos atuais líderes europeus (ou não fossem, atualmente, quase todos governos de direita), a opinião de Paul Krugman, prémio nobel da economia em 2008, e que há muito vai exprimindo, pode em parte  resumir-se a isto: “Os políticos tomaram o caminho da austeridade porque quiseram, não porque o tivessem de fazer”.

E acrescenta-se: “Devemos situar o fiasco de Reinhart e Rogoff no contexto mais amplo da obsessão pela austeridade: o evidente desejo dos legisladores, políticos e peritos de todo o mundo ocidental em contornarem o problema do desemprego e, como troca, utilizar a crise económica como desculpa para reduzir drasticamente os programas sociais”, afirma Krugman num artigo de opinião no “El País” – “A depressão do Excel”. (ler mais no Jornal de Negócios).

E acrescento eu, em Portugal tem dias em que a "austeridade sem alternativa" é desculpa para esconder a ideologia não sufragada, e outros em que não. Há alturas em que o atual governo está a "ir além da troika" e a cumprir o seu programa sem pressões do memorando. Outros em que afinal o memorando (já 7 vezes revisto) estava mal desenhado...

Claro que, mesmo os incompetentes declarados que nos governam atualmente já perceberam que isto assim não vai a lado nenhum - nem eles. Só que o princípio é simples e sempre igual: quando os políticos são maus mandam os técnicos/tecnocratas.
(É assim em qualquer parte do mundo, até em Tomar...)
E por isso, quando é nos momentos de crise que a Política é mais necessária, vivemos ao contrário por estes tempos assim, com um governo incapaz e politicamente morto há meses, dividido entre as suas ideologias ultra-liberais e a incapacidade de bater o pé à troika por um lado, e por outro a realidade que todos sentimos e que mesmo muitos dos apoiantes mais incontestáveis governo, já proclamam a bom som.

sexta-feira, abril 19, 2013

socializar

 
No dia 19 de Abril de 1973, na cidade alemã de Bad Munstereifel, militantes da Acção Socialista Portuguesa idos de Portugal e de diversos núcleos no estrangeiro, reunidos em Congresso, aprovam, por 20 votos a favor e 7 contra, a transformação da ASP em Partido Socialista. Finda a votação, todos os congressistas aplaudiram de pé a deliberação. Eram 18 horas.

40 anos volvidos, o PS foi o grande responsável por muito da nossa Democracia e de grandes conquistas do Estado Social que agora um governo ultra liberal e uma europa mercantilista querem destruir.

Em Tomar, o PS realiza hoje pelas 18 horas um pequeno lanche convívio na tasca (cujo nome agora me está a falhar, mas que que se sita na rua dos antigos "passarinhos") onde os primeiros socialistas se juntavam para debater e conviver, e que serviu de primeira sede não oficial nesses tempos idos.

quarta-feira, abril 17, 2013

reclicar, reabilitar, reabitar







Regeneração (ou reabilitação) Urbana. Um importantíssimo tema para os centros históricos das cidades, vilas e aldeias, importantíssimo para Tomar, não só para a (re)dinamização da vivência dos espaços e sua recuperação arquitetónica, mas também como estímulo à economia e à criação de emprego.

Em discussão esta quarta tendo Anabela Freitas, candidata socialista à presidência da Câmara de Tomar, convidado para orador principal, Rui Paulo Figueiredo, presidente da concelhia socialista de Lisboa, e deputado na AR, membro da Comissão de Economia e Obras Públicas.

terça-feira, abril 16, 2013

sem remédio

foto rádio Cidade de Tomar
 
 
 
 
 
Comunicado conjunto da Comissão de Saúde da Assembleia Municipal de Tomar e da Comissão de Utentes do Médio Tejo pode ser lido ou descarregado aqui.

segunda-feira, abril 15, 2013

"Quem nasceu para lagartixa..."

A minha "nota do dia" de 10 de abril na rádio Hertz, com o título em epígrafe, em parte dedicada a Miguel Relvas, pode ser lida na integra no esquerdo capítulo.

«o que em verdade quero sublinhar é apenas que este agora ex Ministro a quem o povo português cantou “grandôlas” e a quem retorquiu com veemência que “fosse estudar”, apelidado entre mais na comunicação social nacional como o “mosqueteiro de Tomar”, é desde 1997 Presidente da nossa Assembleia Municipal, e como tal primeiro representante dos nabantinos. E mais, o real mandante das principais decisões do partido que tem governado o município, como ainda agora se provou, com a escolha de Carlos Carrão para candidato, contra a vontade manifesta dos dirigentes locais.

(...) o que lhe aconteceu dá-nos a todos grandes lições sobre a vida, a personalidade, a ética, a política. Duas delas, muito importantes: primeiro, quanto maiores forem as responsabilidades que se assumem, maiores devem ser as capacidades comprovadas e mais impoluta a linha de conduta;
E segundo, todo aquele cuja função exista para o trabalho em prol dos demais e desses dependa a sua avaliação, não pode atuar contra a vontade desses e sobre eles usar de desdém e arrogância.»

terça-feira, abril 09, 2013

o cubismo e a vida










Pablo Picasso, o enorme artista, morreu neste dia há 40 anos.

Ao lado, Girl before a mirror, patente no MoMA (cujo atual curador é português) e cuja reprodução mora na minha sala.

segunda-feira, abril 08, 2013
















Almada Negreiros, um dos maiores e mais completos artistas do século vinte português, e um dos meus favoritos, nasceu há cento e vinte anos.

quarta-feira, abril 03, 2013

info contabilística










Hoje, pelas 18:30h, na Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas (OTOC - Avenida Barbosa du Bocage, 45, Lisboa), com apresentação da obra a cargo do Bastonário da OTOC, Dr. António Domingues Azevedo, o mais recente livro dos meus caros amigos e camaradas António Gameiro e Nuno Moita da Costa, Manual de Contabilidade para Juristas.

terça-feira, abril 02, 2013

fora hábitos

Diz que a senhora aqui já ao lado na foto que anda a correr mundo, é a toda poderosa fraulein Merkell.
E aqui se prova, ao contrário do que tentam afirmar pessoas normalmente grisalhas, que o passar dos anos é muito danoso. Mais que físico, para o intelecto.

Ou então não, mostra coerência, a senhora gosta de andar em pelota e está a ajudar a pôr grande parte dos europeus do jeito que mais lhe apraz...

«Associar»


A minha "nota do dia" a 27 de março de 2013 na rádio Hertz, com o título em epígrafe, pode por lá ainda ser ouvida, ou lida no esquerdo capítulo.


«A cultura tem, nas suas mais diversas formas de manifestação – das artes dramáticas, à música, das artes plásticas, à literatura, entre tantas mais que a criatividade e multiplicidade humana entretanto criou – precisamente esse propósito e essa mais valia de nos fazer pensar, reflectir, criticar, duvidar, conhecer, viajar, divertir, e tanto mais, com a simples contemplação de uma obra de arte ou de uma performance artística.»

segunda-feira, abril 01, 2013

intemporalidades


Mário Viegas
(10 de Novembro de 1948 — 1 de Abril de 1996)

«Imprensa local: o futuro hoje.»


Texto solicitado pelo jornal Cidade de Tomar, publicado na edição de 22 de março.

Toda a comunicação social, nacional ou mundial, atravessa profundas mudanças provocadas pelas circunstâncias da crise que se reflete na redução do consumo e mais na quebra dos anunciantes (que verdadeiramente são quem paga os custos das publicações), além disso dispersos por um maior número de suportes informativos.
Esses novos suportes tecnológicos e a rapidez que estes imprimem à transmissão de informação, atraem todos os dias novos utilizadores que os consomem ainda em simultâneo e num crescendo gradual, em exclusivo.

Ainda assim a imprensa local tenderá, na perspetiva do leitor, a resistir um pouco mais à supremacia da internet, uma vez que boa parte dos leitores terá uma idade mais avançada, alguma aversão às novas tecnologias, e um apego maior ao suporte em papel.
Mas a evolução está a acontecer. Eu, que já não sou assim tão jovem, sou diário frequentador da comunicação social online, e apesar de continuar a ler a versão impressa dos dois jornais locais, faço-o, confesso, quase apenas por uma auto submetida obrigação de cidadania de quem quer estar informado e a par do que acontece e é dito.
Obrigada pela voraz evolução dos tempos, a imprensa terá que saber conjugar muito bem a sua atividade com os suportes de internet que serão cada vez mais o canal principal, e adequar aquilo que relega para o papel.
O papel tem apesar de tudo um outro, charme, chamemos-lhe assim. Como o livro, o ato de folhear e ler um jornal parece-nos mais afetuoso, desde que seja objeto interessante nos seus mais diversos aspetos.

Como é coloquialmente costume dizer-se, os olhos também comem, e por isso o primeiro aspeto é o da imagem. O design do jornal e tudo o que isso envolve, do layout às imagens, do tipo de letra à organização dos conteúdos, deve ser apelativo e bem cuidado. Um mau exemplo entre outros, é aquela tentação que os jornais locais têm por vezes de, pela limitação do espaço e do custo de impressão, “atafulhar” conteúdos.
Sobre o conteúdo propriamente dito não é preciso quanto a mim inventar muito, apenas apostar bem nas fórmulas conhecidas: sempre centrado nas questões locais, algumas notícias da atualidade; uma secção de notícias breves, pouco mais que o elencar de alguns assuntos ocorridos; uma ou outra reportagem mais desenvolvida; um conjunto de cronistas regulares que escrevam bem e sobre assuntos que os leitores desejem, criando fidelização; e, não menos importante, ter uma boa e inteligente secção humorística que verse sobre a atualidade.
E no fim, talvez o mais difícil, com um jornal atrativo, convencer os anunciantes de que a publicidade (que deve obedecer às mesmas regras de atratividade) compensa trazendo retorno.
De algo não tenho dúvidas, uma imprensa local proeminente continua a ser necessária para a identidade e consciência crítica de uma comunidade, e instrumento para avaliar do seu maior ou menor dinamismo.

Pelo 78º aniversário do Cidade de Tomar, os merecidos votos de Parabéns e os maiores desejos de bom e enérgico trabalho para enfrentar as dificuldades presentes. O Cidade de Tomar faz parte da história da comunidade nabantina e continua a ser nela importante.