terça-feira, fevereiro 26, 2008

educar, educador, educando

Hoje na escola, leia-se sala dos professores, o tema evidentemente só podia ser um: Prós&Contras de ontem na RTP.
Claro que, sendo visto na escola como “o político”, ou como alguns carinhosamente me chamam, “o amigo da ministra”, sempre que algo acontece ou que algo querem desabafar, criticar, comentar, perguntar, que tenha a ver com política ou com o Governo lá vêm ter comigo, como se eu fosse telefonar ao Primeiro-ministro logo em seguida, fosse para “fazer queixa”, fosse para pedir soluções.
Quanto ao programa de ontem vi pouco, cheguei a Tomar já tarde, e como na véspera fizera a minha habitual directa de Óscares, não tive paciência para muito mais que meia hora de programa.
Em todo o caso, e já que aqui não tenho falado muito de Educação, eis globalmente o que penso.

O Governo, pela Ministra e seu Ministério, tem evidentemente consumado uma série de positivas medidas, na minha opinião corajosas, importantes, e como há muito não eram feitas. Decisivas para o evoluir progressista do país. Casos do inglês no 1º ciclo, a escola a tempo inteiro com os complementos curriculares, as refeições para todos os alunos, o programa novas oportunidades, todas elas importantes medidas para o tratamento em princípios de Igualdade e Solidariedade do Estado, e marcas bem claras duma política de Esquerda.
Contudo, há naturalmente aspectos negativos. Esses são sempre os que tocam o ponto mais sensível – os professores – que, é preciso dizê-lo, de há muito estão tendencialmente contra. Os professores são por princípio desconfiados em relação ao seu Ministério e a quem quer que em cada momento o dirija. Terão razões para isso. São ainda, porventura como a maioria das classes profissionais, conservadores no que toque a qualquer perspectiva de mudança, e avessos portanto, a quase tudo o que venha do Ministério nesse sentido. Têm ainda sindicatos que, embora fazendo pouco trabalho e sendo em muito responsáveis por muita coisa em muitos anos, fazem muito barulho.

As medidas que mais têm tocado aos professores são grosso modo os tempos de Ocupação Plena do Tempo Educativo, erradamente conhecidos como “aulas de substituição”, correctos no seu fundamento, mas deficientemente explicados aos professores e em muitas escolas mal aplicados; estão receosos quanto ao que venha a ser o novo modelo de Gestão das Escolas; um novo Estatuto do Aluno que erradamente analisado aparenta ser atentatório da autoridade do professor e potenciador do facilitismo e permissividade a alunos e pais, e arrasado pela opinião pública porque erradamente apresentado; e claro, a muito mediática Avaliação de Desempenho.

Ora, a avaliação é um bom princípio, que não nasceu aliás agora, mas que efectivamente não era exigente nem rigorosa. Acontece porém, que essa avaliação rigorosa e exigente, além de justa e positivamente contributiva para a melhoria do exercício da actividade docente, é extremamente difícil de executar. O que não quer dizer que possamos ser contra ela. A avaliação pode e deve ser um instrumento normal de qualquer trabalhador e instituição.
Só que, para que isso aconteça, uma questão melindrosa e facilmente permeável a más interpretações, análises erradas de comentadores implicados, e revolucionária por afectar mutações de posturas e mentalidades, tem de ser devidamente preparada, discutida com todos os actores e, quando exposta, pronta a aplicar sem obrigar especiais manobras e preparos “em cima do joelho”, que possam ainda implicar atrasos ou recuos, condicionantes da sua boa aplicação ou necessária legitimação por a quem é dirigida.

Bom, há além disto tudo uma questão de “clima”, de “ambiente” criado e instalado, e se é verdade que o titular da pasta da Educação, seja quem for e em que Governo, será sempre dos mais visados, mais atacados, por se encontrar a todo o momento sobre os holofotes da opinião pública, e também certo que só quem não faz não se engana, é igualmente verdadeiro que a política é arte da discussão e decisão da coisa pública, mas também a capacidade de sedução dos outros para as nossas ideias, a capacidade de comunicar e transmitir uma percepção, um projecto, um caminho.

Este é o aspecto onde a Ministra tem especialmente falhado, as ideias e os motivos não têm passado devidamente aos agentes directos do ensino, os professores, por muito que parte disso seja culpa de todo o ruído que sempre se cria, na maioria das vezes intencionalmente, em volta destas coisas. Além disso, liderar, gerir recursos humanos é saber envolvê-los, torná-los parte efectiva e comprometida da tarefa, e não meros executores de um processo cuja finalidade não entendem, ou que julgam possa até prejudicá-los.
É preciso explicar muito bem aquilo que se faz, e perceber se o que se pode efectuar é coerente com o que se idealizou. A reforma do ensino artístico por exemplo, tem na essência toda a pertinência, mas na aplicação prática que se vislumbra terá aspectos muito negativos e mesmo contrários ao espírito que encerra.

Por muito disto, e de outros exemplos que a vontade e os balanços do comboio me fazem olvidar, custa-me dizê-lo, mas a Ministra conseguiu algo muito difícil, que já no governo anterior se verificava, mas que agora muito se amplia: a sempre improvável união dos professores. Infelizmente, a união na total rejeição do que quer que venha já, da Ministra e do Ministério.
E porque a política é também, além do resto, a arte do possível, possível já não é que a Ministra Maria de Lurdes Rodrigues, por todo o bom que tenha feito, ou possa ainda fazer, mas porque o tal ambiente criado e instalado existe indesmentivelmente e com ares de durabilidade, possa tutelar a pasta por muito mais tempo. Urge a sua substituição, como aliás dos dois Secretários de Estado também.

Não quero agora desenvolver, mas não pode ficar sem referência, que o problema da Educação não pode ser redutoramente visto como um problema dos professores e do Ministério. Mas por outro lado, achincalhar ou menorizar os professores, é não perceber que a fragilidade da sua autoridade, é a corrosão dos fundamentos e bom futuro do Estado e da Democracia. Não há Estado sem Educação, e se as ditaduras, no interesse dos seus intuitos como universalmente se comprova bem o percebem e executam, há em algumas Democracias, como na nossa, alguma dificuldade de enquanto sociedade percebermos a plenitude do que essa importância significa e obriga.
A autoridade do professor, se bem que necessariamente reconhecida e delegada pela sociedade no seu global, deve em primeiro lugar ser sentida e exigida pelo próprio. E isso obriga também, a que exista muito comedimento no que se faz e no que se diz, por exemplo em programas como o de ontem, mas igualmente todos os dias em qualquer lado.

O PROFESSOR é por definição, um exemplo de virtudes escolhido de entre os pares para modelo aos jovens e a toda a comunidade. Deve começar no próprio o saber vestir o fato que a responsabilidade obriga.
E só como remate, porque acho que se explica por si mesmo, se na política é pertinente a limitação de mandatos, no sindicalismo é-o ainda mais, para que os senhores dos sindicatos (sim, bem sei que também já por lá andei) quando falam, saibam do que falam, e o façam com sabedoria e uma certa "pureza".
- Está escrito. -

domingo, fevereiro 24, 2008

escada rolante

Ao domingo de manhã, ainda para mais pouco convidativo a sair de casa, aproveita-se para algum trabalho e quando o almoço já chama, acaba-se por espreitar antes de desligar, qual voyeurismo chantilly (aquilo que é dispensável e nocivo) o que corre na blogolândia nabantina.
De todas as parvoíces que se escrevem por aí nos blogues, especialmente por anónimos, por vezes se escreve também uma ou outra coisa pertinente, e julgo ter sido no Condado do Flecheiro que estava este apontamento jocoso acerca do facto de termos finalmente em Tomar uma escada rolante.

Este é um pormenor que não é assim tão insignificante, e deve ficar como reflexão para todos, em especial aqueles que negam ou tentam contrariar o facto que Tomar está efectivamente há muito tempo em regressão, a caminho do embrionário estado de aldeia.
Tomar que foi das primeira cidades do país a ter iluminação pública eléctrica, a ter piscinas municipais (as antigas), das primeiras no país a ter um centro comercial, a ter um monumento património mundial, o único do distrito a ter uma equipa na primeira divisão de futebol, que tinha um desenvolvimento industrial e comercial ímpar na região, com um nível de serviços que fazia sombra a muitas capitais de distrito incluindo a nossa, com actividades culturais a rodos, etecétera, etecétera, etecétera; vê em 2008 chegar a sua primeira escada rolante!

Lembro-me de em 99/2000, quando leccionei em Salvaterra de Magos, uma colega que era da terra, confidenciar na sala de professores animadíssima que tinha acabado de comprar casa no primeiro prédio com elevador, pensar algo como: - Bom! A que distância está esta terra do resto do mundo...

Ora, agora em relação a Tomar... talvez seja melhor não pensar nada ou pensar no cozido que já deve fumegar na mesa... mas diz alguma coisa do nosso progresso não? E de como continuamos na vanguarda e na liderança da região a muitos níveis…

assim, começa mal

"Na outra margem do rio, entre a casa mortuária e o edifício da Portugal Telecom, foram também cortadas “seis a sete” árvores de grande porte. As espécies, com mais de 30 anos, estavam plantadas onde irá ser erigida a futura rotunda do acesso norte à nova ponte.
O presidente da autarquia garantiu no entanto que as outras árvores vão ser colocadas em redor da futura rotunda. “Vamos comprar árvores com o maior tamanho que houver no mercado”, disse, adiantando que os arranjos exteriores nessa zona irão contemplar a plantação de meia centena de novas árvores. “Por cada árvore abatida iremos plantar cinco novas”."
n' O Mirante

O abate de árvores de grande porte numa cidade, normalmente e por isso mesmo bastante antigas, é algo sempre pertubador no sentido em que altera fortemente a paisagem ao qual nos habituaramos ou sempre havíamos conhecido. O que me chamou mais a atenção para esta notícia no entanto, não foi tanto o abate das árvores em si, mas o tipo de resposta do agora presidente Corvêlo.
Não sei porquê, mas é um tipo de discurso que normalmente não tem muito futuro. Estou no entanto disposto a admitir que possa ser fruto de alguma insegurança inicial e um certo nervoso miudinho.

sexta-feira, fevereiro 22, 2008

conselhos úteis

Uma das centenas que me enviam para o e-mail. Sim, já só me faltam abrir pouco mais de 900...

Profs....a culpa é deles!

Texto pertinente, como é costume, de Ricardo Araújo Pereira publicado há um par de semanas na revista Visão

Neste momento, é óbvio para todos que a culpa do estado a que chegou o ensino é (sem querer apontar dedos) dos professores. Só pode ser deles, aliás. Os alunos estão lá a contragosto, por isso não contam. O ministério muda quase todos os anos, por isso conta ainda menos. Os únicos que se mantêm tempo suficiente no sistema são os professores. Pelo menos os que vão conseguindo escapar com vida.
É evidente que a culpa é deles.
E, ao contrário do que costuma acontecer nesta coluna, esta não é uma acusação gratuita. Há razões objectivas para que os culpados sejam os professores.
Reparem: quando falamos de professores, estamos a falar de pessoas que escolheram uma profissão em que ganham mal, não sabem onde vão ser colocados no ano seguinte e todos os dias arriscam levar um banano de um aluno ou de qualquer um dos seus familiares.
O que é que esta gente pode ensinar às nossas crianças? Se eles possuíssem algum tipo de sabedoria, tê-Ia-iam usado em proveito próprio. É sensato entregar a educação dos nossos filhos a pessoas com
esta capacidade de discernimento? Parece-me claro que não.
A menos que não se trate de falta de juízo mas sim de amor ao sofrimento.
O que não posso dizer que me deixe mais tranquilo. Esta gente opta por passar a vida a andar de terra em terra, a fazer contas ao dinheiro e a ensinar o Teorema de Pitágoras a delinquentes que lhes querem bater.
Sem nenhum desprimor para com as depravações sexuais -até porque sofro de quase todas -, não sei se o Ministério da Educação devia incentivar este contacto entre crianças e adultos masoquistas.
Ser professor, hoje, não é uma vocação; é uma perversão.
Antigamente, havia as escolas C+S; hoje, caminhamos para o modelo de escola S/M. Havia os professores sádicos, que espancavam alunos; agora o há os professores masoquistas, que são espancados por eles. Tomando sempre novas qualidades, este mundo.
Eu digo-vos que grupo de pessoas produzia excelentes professores: o povo cigano.
Já estão habituados ao nomadismo e têm fama de se desenvencilhar bem das escaramuças. Queria ver quantos papás fanfarrões dos subúrbios iam pedir explicações a estes professores. Um cigano em cada escola, é a minha proposta.
Já em relação a estes professores que têm sido agredidos, tenho menos esperança.
Gente que ensina selvagens filhos de selvagens e, depois de ser agredida, não sabe guiar a polícia até à árvore em que os agressores vivem, claramente, não está preparada para o mundo.

segunda-feira, fevereiro 18, 2008

Faz sol no meu país

Epá !, parem tudo, parem tudo!
Largem o que estão a fazer, estejam onde estiverem, (quer dizer, a maior parte a esta hora está a dormir, mas vá, é uma forma de dizer a coisa com o seu quê de piada) corram já porque afigura-se uma enchente capaz de esgotar bilhetes mais rápido que a Madonna no Japão (ou assim como assim, outra coisa qualquer...)
Bom, do que é que eu estou a falar?
Pois a autarquia de Tomar apresenta como grande figura de cartaz do Mês da Juventude (sim, "mês" é uma questão de nome...) nada menos que... o grande José Cid!

Sim, a grande esforço a autarquia lá consegue trazer este ídolo maior dos jovens portugueses. Eu bem vejo como são os meus alunos - ele são poster's, ele são t-shirt´s, ele são cd's autografados e tatuagens do Cid em tudo o que é partes do corpo. Imagino mesmo já a loucura que a este momento não correrá pelas hostes adolescentes do nosso concelho e as romarias que se estão a formar nos concelhos vizinhos. No politécnico então, deduzo que já nem haja aulas porque todos, especialmente elas, estão já na fila para o bilhete do grande autor do "macaco gosta de banana"...

OK. Agora a sério, eu, e presumo que os menos jovens que eu, até gostamos do senhor e da sua "cabana", especialmente quando "cai neve em Nova Iorque", mas daí a fazer dele a grande aposta para o tal "mês" da juventude...
Quer dizer, eu percebo a questão económica de comprar em saldo, mas nesse catálogo onde se escolhem os artistas, arranjava-se algo mais coerente. Isto digo eu, que tecnicamente até já passei o prazo de jovem.
Mas pronto, eu se puder até vou ver, para ver estou é se os jovens também.

Eles por lá fazem, nós por cá...

TORRES NOVAS: MAIS DE 48 MIL PESSOAS FORAM AO TEATRO VIRGÍNIA
"Vem muita gente de Tomar assistir aos espectáculos no Teatro Virgínia", revelou uma das técnicas do Teatro Virgínia ao nosso jornal, na passada quarta-feira, dia 6, minutos antes de ter início uma conferência de imprensa para apresentação e assinatura dos protocolos dos Mecenas que apoiam directamente a actividade cultural deste espaço cultural da responsabilidade do Município de Torres Novas. (...)

notícia d'O Templário

Em Tomar também, às vezes conseguem juntar-se dez pessoas para ir ao cinema, na excelente utilização e forma de gestão que se emprega no nosso Cine-teatro, quase tantas como as que se conseguem pôr no palco, em outros tipos de espectáculos.

escuro como breu

7:12 da manhã, de portátil ao colo no comboio a caminho da capital (sim, agora de vez em quando, e quando o trabalho o pede, carrego o "animal" comigo) apeteceu-me comentar esta veia economizadora e ambientalista que se vive em Tomar.
Sim, entrei para o comboio há poucos minutos, e não só chove a potes, como as únicas luzes são as das parcas montras e as dos faróis que apressados atravessam o dilúvio. Não vi, de casa até à estação, uma única luz pública acesa, à excepção das que delimitam o campo relvado em frente ao pavilhão da Jácome Ratton, até porque essas fazem muita falta...

É como a iluminação da ponte pedonal do flecheiro e da provisória subida para junto à igreja de Santa Maria, não só bastasse o percurso atribulado, a única luz que há meses por ali se vê para quem atravesse de manhãzinha ou à noite, é o que sobra dos holofotes dos estaleiros da obra.

sexta-feira, fevereiro 15, 2008

a última ceia

O blogue tomarense Os Cavaleiros Guardiões de Santa Maria do Olival, publica no seu último post um texto relativo ao meu ídolo Leonardo Da Vinci e a sua Última Ceia, o famoso fresco do refeitório do convento de Santa Maria delle Grazie, que tive o privilégio de apreciar há duas semanas em Milão, e da qual infelizmente não tenho imagens, que os senhores lá tem mais estima por aquela parede, que os do Louvre por todos quadros.

Piadas à parte, aquele fresco está envolto em grandes dúvidas e intrigantes interpretações, tornadas mediáticas mais recentemente pelo fenómeno O Código Da Vinci, e que agora não tenho vontade de desenvolver, deixando apenas esta: se já não tinha grandes dúvidas pelas reproduções que havia visto, à contemplação directa do olhar, a colossal pintura não oferece hesitações, a figura sentada à esquerda (para o observador) de Jesus é obviamente feminina.

de Lili Caneças, todos os dias

O destaque de capa e reportagem do jornal Sexta-feira, um dos muitos gratuitos que há por Lisboa e neste caso semanal, vai para a CP e a sua frota de comboios, dos mais recentes aos mais antigos.

Aí se diz que os comboios que fazem Lisboa-Tomar, aqueles que salvo poucas excepções, utilizo diariamente, e cujas composições apesar de intervencionadas há poucos anos têm cerca de cinquenta anos, são conhecidos entre os ferroviários como "Os Lili Caneças". Isto porque, parecem novos por fora, mas são velhos por dentro.



(hoje que sobre Lisboa a neblina esconde o pôr-do-sol, temos que nos entreter com alguma coisa, enquanto a reunião marcada na escola para as 19h de mais uma sexta não começa...vá lá que a esta hora o computador da sala dos professores tem pouca procura)

terça-feira, fevereiro 12, 2008

Verona e sulla Amor

Verona é uma pequena cidade italiana, que poderíamos comparar a Tomar. Engraçada, com um ambiente interessante e muito bem cuidada, a cidade vive no entanto, imagine-se, à conta de uma varanda. Sim, aquela ali em cima.
É o que acontece quando se sabe aproveitar o que se tem. Para quem conhece e se lembra, Verona é a cidade que Shakespeare coloca como cenário para o seu Romeu e Julieta, e embora as personagens sejam ficcionadas, a casa dos Capuletos existe mesmo e aquela varanda, escreve o “Camões inglês”, é onde Julieta é romanticamente cortejada por Romeu, o que faz de Verona uma espécie de cidade do amor eterno. E fatal, acrescentaria eu.
Ora, se há coisa que os italianos têm, ao contrário dumas certas cidades num certo país que conheço, é "olho para o negócio" em tudo o que tem a ver com turismo, e nesta aparentemente pequena e sem outros especiais motivos de interesse, há mais exemplos.
Por exemplo, um esperto qualquer lembrou-se de começar a vender cadeados com nomes dos apaixonados casais que por ali passassem, e agora por tudo o que é sítio se encontram às dezenas, das mais variadas cores e tamanhos. Logo, imagine-se lá qual é o objecto turístico mais vendido nesta cidade?




quinta-feira, fevereiro 07, 2008

algures em veneza

Ma, anche con un dolce dolore, sempre di ritorno verso il luogo dove mi appartengono.