Hoje é mais um dia daquelas greves estranhas, que em verdade ninguém realmente entende.
Não façoo a mínima ideia, que não ouvi ainda quaisquer notícias, de como estão os números da dita, mas sei que terá certamente alguma expressão, expressão que nunca seria a mesma, se não fosse uma greve que antecede um feriado que cheira a ponte, e no caso de Lisboa e outros concelhos sucede igualmente um feriado igual.
Aliás, quem tem de tratar como eu, regularmente situações com Lisboa, percebe facilmente que esta semana nada acontece, está tudo ausente.
Mas sobre a greve, dizia, enquanto certos (que felizmente não são todos) sindicatos continuarem a marcar greves que dão jeito, greves que não fazem sentido, ainda para mais no decorrer de negociações, e greves que a sociedade no seu global condena, a única coisa para a qual estão a contribuir é para a sucessiva descredibilização dos próprios sindicatos e do objecto da greve, que deveria não ser banalizado, mas usado sempre com elevação e perfeita justificação, bem como descredibilizam a própria carreira que era suposto defenderem, ainda mais no caso, a dos professores, já ela tão enxovalhada pela sociedade e pelos próprios muitas vezes.
Quando se faz uma greve entre dois feriados, qualquer que seja o motivo, por muito válido que fosse, passa para segundo plano.
Limitação de mandatos para os polÃticos sim, e para os sindicalistas ainda mais.
Estou farto de ver na televisão e nos jornais, as mesmas repetidas caras dos sindicatos mediáticos, a defender a maioria das vezes, não mais que a si mesmos, e as regalias de alguns, tantas vezes pequenos, lobbys habituados a falar muito e a fazer pouco.
E tenho toda a propriedade para afirmar isto, porque embora não no activo actualmente, sou professor e sindicalista.
É pena que algumas árvores contaminem a floresta, e é pena que a nobre arte de ser professor, continue a ser cada dia mais enxovalhada, que os professores sejam devido a estas atitudes confundidos com oportunistas e profissionais pouco sérios, e que os mesmos não saibam unir-se e lutar por aquilo que realmente interessa.
E este estado de coisas prejudica todo um paÃs, na medida em que a educação é o condutor que nos leva ao futuro. Dependendo da forma como conduzirmos, assim lá chegaremos.
E que só para que fique claro, não disse uma palavra sobre as propostas (e são apenas propostas) do Ministério da Educação.
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