A ilha do Mouchão é um instrumento ao serviço da qualidade de vida dos tomarenses e da usufruição da natureza em espaço urbano, como poucos existem no país.
Mas como é típico, Tomar não tem sabido, com pequeníssimas exceções, tirar proveito das suas potencialidades.
Mas como é típico, Tomar não tem sabido, com pequeníssimas exceções, tirar proveito das suas potencialidades.
Ora, a unidade hoteleira lá existente deve ser parte muito ativa na sua dinamização. Deve, por exemplo, fazer parte do contrato de concessão também o desenvolvimento de atividades no exterior e não apenas a gestão tout court do edifício.
Porque não uma esplanada, o espaço é magnífico! Porque não não por exemplo pequenos concertos de música ao vivo, como se faziam nos tempos áureos do século 20?
Música, poesia, teatro, dança, o espaço dá para tudo e pode ser um excelente palco cultural, além de propício ao "simples" lazer.
Mais, o aluguer de barcos e gaivotas no rio deve estar também integrada na concessão (que recordações tantas, das "viagens" que fazia rio acima na minha adolescência!). E mais, basta ter visão e trabalhar um pouco a imaginação, ao invés da tacanhez do costume.
Assim, com um leque mais alargado de ofertas estar-se-ão a cumprir várias questões: maior retorno financeiro para a autarquia que poderá fazer um contrato financeiramente mais vantajoso; a melhor utilização do espaço; e uma maior disponibilização de ofertas aos munícipes e turistas.
Assim existisse vontade e visão.
Seja como for, há um pormenor relevante. A concessão de um espaço terá de ser por um conjunto alargado de anos. E por isso (tenho ideia de António Rebelo já ter também abordado essa questão no seu blogue) é mau que seja uma câmara em fim de mandato, uma câmara tacanha, sem ideias, sem vontade, sem energia, sem plano ou estratégia, sem futuro, que venha a decidir os termos da coisa.
Coisa essa que devia naturalmente fazer parte de algo maior, de um plano de cidade, de concelho, de uma estratégia integrada para o turismo e cultura, de uma estratégia com retorno económico, de uma estratégia que leve à criação de postos de trabalho e fixação de pessoas.
Todas as "pequenas" coisas contam, mas isso é para quem quer e sabe, e querer e saber não é o que estamos habituados a ver naquela cambada.
Enfim, aguardemos vigilantes.
Assim existisse vontade e visão.
Seja como for, há um pormenor relevante. A concessão de um espaço terá de ser por um conjunto alargado de anos. E por isso (tenho ideia de António Rebelo já ter também abordado essa questão no seu blogue) é mau que seja uma câmara em fim de mandato, uma câmara tacanha, sem ideias, sem vontade, sem energia, sem plano ou estratégia, sem futuro, que venha a decidir os termos da coisa.
Coisa essa que devia naturalmente fazer parte de algo maior, de um plano de cidade, de concelho, de uma estratégia integrada para o turismo e cultura, de uma estratégia com retorno económico, de uma estratégia que leve à criação de postos de trabalho e fixação de pessoas.
Todas as "pequenas" coisas contam, mas isso é para quem quer e sabe, e querer e saber não é o que estamos habituados a ver naquela cambada.
Enfim, aguardemos vigilantes.
3 comentários:
Bem haja pela amável referência. O tema foi abordado no post "Agora?!" de 14 do corrente mês.
Um abraço.
Um esclarecimento adicional.
O atual contrato já foi "tacitamente" renovado até 2016, uma vez que o contrato inicial foi por 10 anos renovável por períodos de 5 anos se nada fosse dito em contrário. Ora em 2010 Paiva "esqueceu-se" de terminar a concessão e em 2011, parece ter sido Corvelo a esquecer-se, apesar de por diversas vezes por mim avisado desde Junho de 2010...
Uma vez que, por minha insistência, o assunto está agendado para reunião de canta que se realiza na segunda-feira dia 27/8, espero curioso os argumentos da caducidade do contrato... Terá sido acordo com a proprietária? Terá sido ela própria a entregar a concessão?
No demais, absolutamente de acordo contigo Hugo. O que defendes é o que faz sentido e é útil.
Partindo do pressuposto que tudo não continuará na mesma (o que para mim não seria uma surpresa)...
Abraço a tua ideia de que a exploração futura daquele espaço deva ser muito mais do que o simples aluguer de quartos da estalagem. O espaço envolvente, a localização de excelência exige-o.
Revitalizar / modernizar o espaço, em especial os quartos será uma primeira obrigação do promotor, em conjunto e submetendo previamente as suas intenções ao parecer da autarquia. A atual situação da câmara ter de manter o espaço, quase a 100% é algo que exigirá ser corrigido!
Mais, penso que deveria ser elemento valorizador de uma intenção de candidatura, perceber-se o que os futuros dinamizadores daquele espaço pretendem fazer em termos culturais, artísticos, desportivos... em parceira ou como unicos promotores.
Por outro lado, a própria exploração da esplanada contígua, que nunca foi uma ideia bem aceite pelos atuais gestores da estalagem, a colocação de mais bancos no jardim, para uma verdadeira fruição daquele jardim por parte de todos, entre outros aspectos, seriam, no seu conjunto, aspectos que poderiam contribuir para uma verdadeira "mais valia".
É apenas a minha opinião.
Ivo Santos
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