sábado, março 10, 2012

quem nos trata da saúde

COMUNICADO

A Comissão de Saúde da Assembleia Municipal de Tomar emite o seguinte comunicado, decorrente da reunião com o Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Médio Tejo (C.H.M.T.) realizada a 9 de março resultante de um pedido efetuado no dia 23 de fevereiro, dia da entrega da petição com 7553 assinaturas na Assembleia da República.

O Presidente do Conselho de Administração (C.A.) do C.H.M.T. começou por referir que já foi estabelecido um protocolo com a Rodoviária, para a existência de três carreiras diárias, assegurando o transporte dos funcionários e utentes entre as três unidades hospitalares. Estranhou a que a Câmara de Tomar vá fazer o mesmo que o C.H.M.T. atendendo à duplicação de custos.
Reiterada a nossa preocupação na defesa da Medicina Interna do Hospital de Tomar, o C.A. argumentou com a defesa de concentração de serviços para reforçar a qualidade. Foi afirmado pelo Conselho de Administração do C.H.M.T. que ao iniciarem funções Tomar estava mal servida, existindo uma resistência interna por parte do corpo clínico em fazer o seu trabalho, dando como exemplo o facto de um doente nunca ser visto pelo mesmo Médico e numas camas serem tratados duma maneira e noutras de forma diferente.

Afirmaram não ser viável a existência de Cirurgia nos três hospitais, porque havia cirurgiões a fazerem 12 intervenções por ano quando em média deveriam ser 250.

O C.A. do C.H.M.T. defendeu igualmente que a transferência das Urgências se verificou pela aplicação do Despacho n.º 5414/2008 de 28 de fevereiro. Tendo destacado que o mesmo não tinha sido aplicado pelo Conselho de Administração anterior. Defenderam ainda que a Urgência Médico Cirúrgica funciona bem em quatro rodas, nas duas ambulâncias de Suporte Imediato de Vida (S.I.V.), uma em Tomar e outra em Torres Novas.

Questionado o C.A. do C.H.M.T. sobre o Conselho Consultivo o mesmo informou que para Presidente desse órgão já foi nomeado, o Prof. Doutor João Queiroz e Melo, aguardando que os Presidentes de Câmara procedam à indicação do representante dos respetivos municípios.

Após esta reunião a Comissão de Saúde da Assembleia Municipal de Tomar conclui que pelos argumentos apontados, não foram dadas as respostas fundamentadas à opção pela aplicação deste Plano de Reorganização do C.H.M.T.. Uma argumentação baseada em que o corpo clínico é resistente às decisões do C.A. e não respeita a hierarquia, não é aceitável.

Quanto a uma possível privatização, quando questionados, não houve clareza nas respostas mas foi afirmado em relação ao Hospital de Tomar, que na situação atual “ninguem pega naquilo”.

Apesar de referido várias vezes o critério da qualidade entendemos que as questões económicas ou financeiras continuam a sobrepor-se ao direito de acesso aos cuidados de saúde por parte da população.

Por último não podemos deixar de referir que o Presidente da Câmara Municipal de Tomar, Vice-Presidente Conselho Executivo da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (C.I.M.T.), Carlos Carrão, ao longo de todo este processo, não dialoga, não transmite a informação, das reuniões havidas no Conselho Executivo da C.I.M.T e com o Conselho de Administração do C.H.M.T..

A Comissão de Saúde, após esta reunião, continua ainda mais convicta na defesa dos interesses da população de Tomar e a exigir a suspensão imediata do Processo de Reorganização do Centro Hospitalar do Médio Tejo (C.H.M.T.) e a lutar pela revogação do Despacho n.º 5414/2008, de 28 de Fevereiro.

Tomar, 10 de março de 2012

1 comentário:

Anónimo disse...

realmente um autocarro que nao da para o pessoal ir trabalhar só se for administrativo ou doutor,pois parte de torres novas as 7.50 ora para entrar as 8h esquece la isso sai a meia noite para torrs nao ha alugas um quarto.....
e vergonhoso quererem tapar o sol com a peneira