quarta-feira, novembro 16, 2011

de gota em gota até ao charco final

Segundo a rádio Hertz parece que a coligação que nunca o foi (por culpa quase exclusiva do PSD de Tomar), pode para esse partido ter conhecido a última gota.

Calma, não pensem que isto é como o Berlusconi, não gastem já os foguetes e quanto às garrafas de champanhe, mantenham-nas no frio. É que já todos sabemos que para o PSD nabantino é sempre a última gota de água... até à próxima.
Quer dizer, a principal coisa que sabemos deste PSD é que nem eles sabem o que querem, depende das condições atmosféricas...

foto de arquivo de José Pacheco Pereira
http://ephemerajpp.wordpress.com/2009/09/26/eleicoes-autarquicas-de-2009-tomar/
Curiosamente também n'O Mirante se fala em última gota, mas aqui no copo de Côrvelo de Sousa, ele que de quando em quando deixa cair a máscara da "boa pessoa".

Surge isto agora porque quando Corvêlo finalmente se decide a decidir qualquer coisa, a coisa não costuma correr bem. Foi o que aconteceu com a questão da carrinha que há muitos anos servia de ponto de venda aos turistas do castelo/convento - a única coisa aliás que por ali alguma vez se viu que lembrasse comércio para turistas, coisa muito estranha quando falamos de um monumento património mundial. (o assunto foi mais que falado, não vou voltar a ele, podem ler o discurso direto de Luís Ferreira, e a análise de António Rebelo).

Ora, diz Corvêlo (como se alguém ligasse ao que diz) que "a posição de Luís Ferreira vai ter consequências políticas em breve", enquanto que a concelhia de Tomar do PSD afirma que «não se revê nesse tido de declarações...» por o vereador LF ter dito, bem, que a atitude de Corvêlo foi autocrática.
Mas e na atuação de Corvêlo, revê-se? Isso é que era importante saber.

Claro, é difícil saber porque a verdade é que a concelhia do PSD não existe (isto apesar de terem um presidente e dois vices), não se lhe conhece uma acção política concreta sobre questões locais, a não ser de quando em vez quando algum jornalista os chateia, responder que «O PSD irá analisar a situação e, na devida altura, iremos fazer as nossas declarações»;
mas também não existe na Câmara onde o seu único real representante (mas pouco apreciado pela direção) é o eterno candidato Carrão que, convenhamos, com 14 anos de vereação já deveria ter algo mais para mostrar que passeios de idosos e aniversários de associações;
e não existe na Assembleia onde muitas vezes são votadas posições contrárias às que se julgam (julga-se, porque não se sabe bem) ter a direção do partido, e onde cada vez mais vozes assumem publicamente a divergência, a desconfiança, o descrédito em Corvêlo de Sousa, e até na própria direção.

Mas voltando ao por todos indesejado Corvêlo, não é, afirme-se, a primeira vez que tem atitudes "à lá Paiva". Todos sabem que foi isso que se passou por exemplo na condução das negociações com o Parque T que levaram a Câmara a aceitar o pagamento dos sei já lá quantos milhões. Corvêlo decidiu sozinho sem passar cavaco a ninguém, principal razão aliás que levou o PS a votar contra em reunião de câmara e que obrigou Corvêlo a usar o voto de qualidade para conseguir desempatar e aprovar esse desfecho.

E sobre as atabalhoadas explicações que dá depois das trapalhadas como também neste caso fez, recorrendo muitas vez à, chamemos-lhe distorção da realidade para não gastarmos a palavra mentira, não é sequer recorrente, é mesmo o seu habitual modus operandi.
Basta lembrar o que sucedeu no caso do alambor, aí infeliz e inexplicavelmente acompanhado por outros, e em muitos outros caso, como no projeto para exploração do "museu da levada" que sempre diz existir mas que nunca ninguém viu (não confundir com projeto de arquitetura); a candidatura da Festa dos Tabuleiros a Património da Humanidade à qual há quase dois anos responde estar a ser tratada...

enfim, o que todos sabemos sobre tudo isto, mesmo os que não o admitem em público, é simples de resumir: para Corvêlo qualquer assunto que se coloque "estava previsto", ou "está a ser tratado", ou "decorre do que manda a Lei", isto se não usar as cartas nº1 e nº2, vindas já do mentor Paiva e cegamente usadas por muitos, "a responsabilidade não é nossa, não podemos fazer nada" ou pode-se ou não se pode fazer algo porque "é o que está no projeto e não se pode alterar o projeto".

Sobre tudo isto, sim, interessava muito ouvir o que tem a dizer o PSD de Tomar, mas seguramente vão continuar a preferir atirar as culpas para cima do PS, como se alguém "deslanrajizado" acreditasse, enquanto depois "ao ouvido" dizem que não têm nada a ver com a malta que lá está na câmara em nome do PSD. "Ah e tal... não fomos nós que os escolhemos" - pois, devo ter sido eu!
Isto, enquanto tentam perceber o que Miguel Relvas deseja ou os deixa fazer .

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