quarta-feira, março 09, 2011

esquizofrenia

Eu ainda não tinha percebido bem o que se passava com o Festival da Canção, porque da pouca televisão que vejo (e muito menos num sábado à noite), nem é o tipo de programa que me interesse, nem sabia sequer que se ia realizar. Até que comecei a ver na net umas controvérsias e lá entendi.
Francamente, está tudo louco?
Bem sei que foi o voto "popular", o que de si já seria muito interessante analisar - quem e a pedido de quem telefona para estas coisas.
O mesmo tipo de votação acontece para programas de "qualidade" como o Big Brother e todos os afins programas de exploração pessoal e voyeuristas.

Perante tal palhaçada fico com uma dúvida que me parece pertinente: os portugueses que elegeram os "Homens da Luta" como vencedores do festival da canção, próximos representantes portanto, do país e de todos nós no Eurofestival a realizar na Alemanha, terão sido os mesmos que noutro programa da RTP elegeram António de Oliveira Salazar como a maior figura da história portuguesa?!

4 comentários:

Anónimo disse...

Sentes-te ridicularizado,né?
E então queres comparar o olho do *ú com a feira de Borba.
Os que votaram no Salazar estão como tu - enjoados!
Aguenta-te,zézinho nicódeme.
A azia vai passar-te.

Luis disse...

Caro Hugo,

Lembro-me de em miúdo ser entusiasmante seguir o Festival da Canção. Agora, há muito que por vezes nem me lembro da sua existência, mas após o 47º Festival, esta música quer queiramos quer não, deu novo alento ao Festival. Não está em quase a qualidade da música e dos seus artistas, pois eles são os próprios a assumir isso, o que está em causa é o desagrado do povo português e estes comediantes, com esta música, veio fazer com que o povo "se soltasse" de uma vez por todas.
Mais: Eles representarão Portugal da mesma forma que todos os outros artistas o fizeram em edições anteriores, que diga-se foi um fracasso, nenhuma delas, nos últimos anos era de qualidade.
Por fim, diz o caríssimo Hugo que "O mesmo tipo de votação acontece para programas de qualidade como o Big Brother". Não sou da mesma opinião, pois não o considero de forma alguma um programa de qualidade, mas isso são opiniões.

Cumprimentos cordiais
Luís Ribeiro

HC disse...

Caro Luís,

Quanto à "qualidade" do Big Brother, estava a ser irónico como penso que se percebe (mas pelo sim pelo não, já pus umas aspas na palavra), precisamente para constatar que nenhuma votação séria pode ser feita desta forma.
A verdade é que nunca uma votação deste tipo é verdadeiramente representativa, mesmo que fosse séria. Mas mesmo da sua seriedade podemos duvidar.
É muito fácil, bastam algumas pessoas e algum dinheiro, para fazer uma central de votação num qualquer candidato, e não sei porquê mas era capaz de apostar que neste caso foi o que aconteceu.
É que não estou a ver a generalidade dos fans do senhores a ver o Festival da Canção.

Seja como for, uma coisa é eles às vezes terem piada, outra é irem representarem-nos para a Europa, onde mais uma vez, desta vez com responsabilidade própria, vamos ser caricaturados como coitadinhos, pobrezinhos e "saloios".

E depois há toda a demagogia à volta da coisa. O gel e o irmão são dois artistas que encontraram uma fórmula (que vêem usando há uns anos) para serem conhecidos e ganharem dinheiro, mais nada.
Não são salvadores nem guias nem líderes de coisa nenhuma como alguns acreditam ou gostavam de acreditar.
Pelo menos, é o que penso.

os melhores cumprimentos

Luis disse...

Caro Hugo,

confesso que não percebi que estava a ser irónico em relação ao Big Brother, mas também estranhei um pouco.

Concordo que a dupla de humoristas aproveite o momento para ganhar fama e dinheiro, mas ao mesmo mas o que se está a passar é muito mais que isso, como pode ver na página do Facebook deles (http://www.facebook.com/pages/HOMENS-DA-LUTA/222620880121).

"vamos ser caricaturados como coitadinhos, pobrezinhos e "saloios". Sim, mas quem foram os responsáveis que deixaram chegar ao ponto de sermos ridicularizados? Fui eu? Foi o Hugo? Sim, fomos todos nós, ou não?

E não. Também não vejo salvadores nem guias nem líderes de coisa nenhuma, mas alguma esperança para um país de maior igualdade.

Cumprimentos

Luís Ribeiro