Nos dois jornais da cidade nabantina encontramos na semana que passou uma nota dos funcionários dos Serviços de Higiene e Limpeza da Câmara Municipal de Tomar, a agradecer publicamente "o gesto" da Junta de Freguesia de Casais. O gesto não é mais que um jantar oferecido não sabemos onde, e onde estiveram 50 pessoas diz o Cidade de Tomar, 70 diz O Templário, (apostemos nas 60).
Ora, este gesto vindo sabe-se lá a que propósito, é aquilo a que eu chamaria de despesismo, infelizmente muito habitual em muitas destas (mini) autarquias (e ao que parece naquela em particular), cuja existência é posta em causa por atitudes destas, uma vez que muitas gastam os seus orçamentos exactamente em almoços, jantares e passeios. Mas dizem sempre que precisam de mais dinheiro. Se é para isto, ainda bem que não têm.
É que os dinheiros que pagam estes jantares, por muito justificados que possam ser, são públicos, e o combate ao enorme desperdício do Estado, e à colossal má gestão que tem imperado, começa nestas coisas, por mais insignifcantes que possam parecer. (é como o Alberto João a dizer que as transferências a mais que quer na Madeira não têm significado orçamental!).
E agora imaginemos: que todas as juntas do concelho decidem fazer o mesmo (porque senão as outras é que são más juntas); mas depois não pode ser só a estes serviços, o que vão dizer os outros?, portanto no caso do município de Tomar são cerca de 400 funcionários; e depois as outras 4244 freguesias do país - continuaria a parecer pouca coisa?
A verdade é que uma análise à execução orçamental a muitas juntas, verificaria que boa parte do orçamento, por curto que ele seja, é desperdício neste tipo de coisas. E assim, é difícil sairmos da cepa torta.
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