quinta-feira, maio 29, 2008

os dias cinzentos

Hoje, vou ter que ficar por Lisboa, e tendo já terminado as aulas por hoje, aqui estou na sala dos prof's a aproveitar um tempinho para pôr alguns email's em dia e também aqui escrever qualquer coisa, que essas coisas de tempo e vontades não têm estado para internet's.

O país anda cinzento, não fosse o verão, que cada vez mais se anuncia fraquito fraquito, o outro tempo, o financeiro também não está fácil, sendo disso a face mais evidente o preço dos combustíveis, como evidente era o ter que acontecer, assim como evidente é que, por algo que atenue pontualmente, a tendência será sempre para agravar. Quando o dizia há uns tempos, chamavam-me maluco...
Portugal não tem dimensão nem meios para fazer frente a isso, e a única forma de atenuar esse crescente problema, é a de reduzir a sua dependência face aos combustíveis fósseis, seja pela procura de outras energias, seja pela diminuição do uso, particularmente do automóvel.
Infelizmente, os portugueses gostam de andar de carro e fazem-no para tudo, às vezes para se deslocarem cinquenta metros. Quando se usa exemplo de outros países, por exemplo para o preço dos combustíveis ou o imposto sobre estes, era bom também que se usasse os exemplos que não dão jeito ver, como a utilização dos transportes públicos ou outros, como a bicicleta.
Em Portugal, é chavão dizer que os transportes públicos são maus... está bem, mas então vão andar de metro em Paris ou Londres a ver se lá é que é bom...
Andar de bicicleta é irrealista? Então mas porque é que em França, na Holanda, ou outros que gostamos tantas vezes de usar como exemplo, se usa tanto esse transporte, será porque têm condições atmosféricas mais atractivas?
Tomar é para isto um bom exemplo. Uma cidade pequena, que não é plana, mas ainda assim com desnível de pouco significado e apenas entre as duas margens, e no entanto a maioria das pessoas usa o carro nas pequenas deslocações.
Dir-me-ão: isso não resolve o problema. Talvez, mas resolverá mais do que fazer boicotes saloios à GALP, ideias que mostram o que as pessoas se informam sobre os assuntos. Pois se é a GALP que abastece as outras companhias em Portugal...

Bom, as eleições do PSD estão aí para colorir um bocadito, mesmo que por pouco tempo, o cinzento destes dias. Enfim, não sei quem vai ganhar, nem me preocupa muito, provavelmente Ferreira Leite. Há contudo apenas uma relevância: Passos Coelho é o único a levar a sério, destes quatro, e se nenhuma hecatombe acontecer, o único com futuro. Futuro entenda-se, no que à condução do PSD e relevância para o país possa implicar. É também, na minha análise, o mais perigoso pois é, ao menos no discurso, o mais neo-liberal, e o mais populista e por isso mesmo o mais disposto a todas as promessas, independentemente da responsabilidade do estado e da realidade do país.

E sobre Tomar, enfim, o que dizer? A começar na virtualidade dos já costumeiros (sinistros, dementes, pacóvios,... é acrescentar a gosto!) de grande parte dos comentários bloguísticos, continuando pelo esbanjar de dinheiro por parte da câmara, como na bancada para o campo sintético dito estádio, ou no apagar do erro fonte cibernética, responsabilidade dessa câmara, a par de tantos outros, Tomar afunda-se, afunda-se, afunda-se, e os responsáveis são sempre os outros.
Sempre os outros: para a Câmara o Governo, para a generalidade dos cidadãos os políticos. Porque aos concelhos vizinhos são dadas melhores condições, ou tem melhores acessibilidades, ou... sei lá! Nunca a responsabilidade é "nossa".
Os milhões que têm sido gastos em obras erradas, em obras mal planeadas, em obras feitas e desfeitas; em processos judiciais, em acessorias de amigos ou das suas empresas, as oportunidades perdidas e deixadas a outros, quem é responsável?
E se a câmara faz todos estes disparates, quem é responsável?

Podia continuar, tanto há para dizer... mas por agora mais vale acabar com esta frase que muitas vezes uso, em especial no partido onde me cabem responsabilidades, e que devia ser lema de todos: pessoas individuais, instituições, concelhos, países...
Não esperem que façam os outros, o que nós por nós não soubermos fazer.

e o burro sou eu...

"Fonte cibernética de Tomar vai ser remodelada
A Câmara de Tomar vai retirar 752 mil euros do montante global destinado aos projectos de requalificação da Estrada Nacional 110 (1,880.250 euros) para pagar a remodelação da rotunda cibernética e os honorários dos advogados envolvidos no litígio entre a autarquia e a Parqt, concessionária do parque de estacionamento atrás do edifício dos Paços do Concelho. A justificação do executivo camarário para esta alteração orçamental é a de que não foi possível prever estas despesas à data da elaboração do orçamento para este ano."


notícia n'o mirante online

quarta-feira, maio 28, 2008

terça-feira, maio 13, 2008

"Visitar Museu dá descontos no comércio em Tomar

... a autarquia, em parceria com a ACITOFEBA, associação local de comerciantes, estabeleceu um acordo com 130 estabelecimentos comerciais da cidade, que se comprometem a proporcionar 10% de desconto em compras, até 31 de Maio, a quem apresentar o cartão comprovativo de ter visitado nesse dia o Núcleo de Arte Contemporânea. ..."
notícia O Mirante Online

Em primeiro lugar convém dizer que aquilo não é um museu, mas um núcleo, mas vá, adiante...
À primeira vista a ideia parece boa, mas reflectindo nela, percebemos como mal anda o mundo.
Enquanto por todo o lado há promoções para ganhar bilhetes para o futebol, para concertos de rock, etc; em Tomar, ao invés, a cultura dá desconto para ir às compras...

Aplicando isto a um problema nacional, qualquer dia quem for votar, ganha vales de compras no hipermercado!

por lá se faz, por cá faz de conta

Depois de Abrantes, também em Santarém se fala já do projecto de "centro comercial de ar livre" para dinamizar o seu centro histórico.
Em Tomar, continuamos na mesma, a caminho do fundo. Sim, porque por fundo que pareça que possamos estar, há sempre mais para descer.


Fica ao menos a satisfação de saber que a ideia é boa, e que se não cá, outros há que a implementam.

Mação é o concelho com menos desemprego

"Com uma taxa de desemprego de 1,1%, Mação é o concelho que tem menos desempregados em Portugal continental, segundo um estudo realizado pela Marktest...."
notícia d' O Ribatejo Online


e nós aqui tão perto...

sábado, maio 10, 2008

tanta sopa!


Hoje, 12h30, no mouchão parque ou ilha do mouchão como preferirem, o XV congresso da sopa com os lucros a reverterem para o CIRE.
Ui, já falta pouco e já estou com uma fome!...

terça-feira, maio 06, 2008

por lá azul, negro por cá

No mastro da praia fluvial de Carvoeiro, concelho de Mação, sobe quinta-feira a bandeira azul, única no distrito de Santarém, e uma das apenas 6 em praias fluviais do país.

Em Tomar, 2008, um concelho dito virado para o turismo, atravessado por dois rios, um dos quais com uma das albufeiras mais conhecidas do país, a do Castelo de Bode no Zêzere, naturalmente não poderíamos ter nenhuma bandeira azul porque, claro está, nem sequer nenhuma praia fluvial à qual esse nome se possa atribuir temos ainda!
Certamente não tem havido tempo para tratar disso...

domingo, maio 04, 2008

Hugo... quem?

Esta coisa de ser um figura semi pública, seja lá isso o que for, e naturalmente enquadrado à escala da média dimensão do concelho de Tomar (todos somos personagens no palco da sociedade) tem coisas curiosas, como esta, que não resisto a aqui contar.

Na sexta de manhã, para me deslocar para Lisboa afim de dar aulas à porção reduzida de alunos que nesse dia apareceram, entrei, por razões que agora não vêm ao caso, no comboio em Santarém.
Aí, por casualidade, fiquei sentado num banco pararelo a um outro par de homens. Preparava-me para uma pequena sestinha, e estava mesmo já com um pé para lá da porta do reino dos sonhos, quando a conversa ao lado me prende nesse limbo: falava-se de um tal Hugo Cristóvão.
Fazendo lentamente o regresso ao mundo dos acordados lá fui ouvindo:
... mas é novo ainda. - Pois aquilo também não é fácil, andam lá muitos à procura, mas ele tem garra. - É, escreve umas coisas engraçadas... - E verdades! - É, é..
Entretanto já desperto lá percebi que um deles tinha o Cidade de Tomar nas mãos, e onde a acompanhar texto sobre o almoço de 25 de Abril do PS de Tomar está uma foto onde apareço.
- Pois mas é novo, e aquilo tem lá muitos velhos - (convem agora dizer que eles também já não eram propriamente novos)
Entra-se depois no reino da efabulação, sempre presente nestas conversas:
- Ele não é filho do dono do ... - É é, mas isso também não é pecado. - Não, pois, mas então é diferente, assim a história é outra. - Então claro, achas que com aquela idade era qualquer um que ia para lá... - ( o "lá", entenda-se como presidência do PS) - Ah...

Enfim, as palavras não serão ipsis verbis estas e a conversa foi mais extensa, mas a minha memória é como qualquer outra, e falaram-se de outras pessoas e de outro partido que não o PS, mas esses naturalmente não reproduzo aqui, além de muitas outras teorias e filosofias, que sempre acontecem nas conversas do comboio.
Eu era para me ter apresentado, mas acabei mesmo por voltar lá onde ainda não tinha chegado (:) - ao sono, e depois disso já não fazia sentido.
Para a próxima, olhem para a fotografia...:)