terça-feira, junho 27, 2006

Para o Fernando Santos.

Em resposta ao comentário ao post "Óculos de cabedal II", e a quem interessar.

Caro Fernando,
Em primeiro lugar o âmbito deste blogue está bem expresso no topo do mesmo. É exclusivamente pessoal.
Sabe, porque me conhece ao menos um pouco, que não tenho qualquer pejo em exprimir as minhas opiniões, sobre e quando entenda útil, e sem receio de estas serem muitas vezes impopulares ou de difícil "digestão". O que me aflige são os que calam.
Segundo, o argumento que usa da associação deste blogue com a página do PS Tomar é, desculpe-me, absurdo. Nesta página tenho links para muitas outras páginas, algumas de reconhecidas personalidades, e de vários quadrantes polí­ticos e da vida social. Estarão também elas obrigadas por o que quer que aqui eu escreva?
Terceiro, não confunda "democracia musculada" com o exercí­cio mí­nimo de regras. Para mim não há Liberdade sem regras, e aqui elas existem. Se não deixo passar alguns comentários, é por entender que são eticamente reprováveis, ou que atingem de forma menos correcta terceiros, ou porque simplesmente são maldosos, não identificados, com o único fim de destruir. O que não impede que me divirta à brava a lê-los. De qualquer forma, aqueles que aqui gostariam que eu publicasse todos os disparates que muitas vezes escrevem, têm uma solução muito fácil, criar a sua própria página e lá dizerem o que bem entenderem. Os blogues são a expressão absoluta da democratização do espaço virtual. No que tem de bom, e no que tem de mau.

"A Liberdade sem virtudes nem sabedoria é o maior de todos os males." - Edmund Burkes

Depois Fernando, acho que não percebeu bem o que eu queria dizer no referido texto. De qualquer forma, é bem vindo a este espaço, e se passa por cá de vez em quando, saberá que não tenho qualquer problema com quem defende ideias diferentes das minhas, pelo contrário. Estimo quem defende ideias, e de forma alguma ao contrário de outros, tenho rancor ou ódio por quem não está do meu lado. É da discussão que nasce a sabedoria, é a discutir, ordeira e com mútuo respeito, que evoluí­mos e trilhamos novos e melhores caminhos.
Pena é que nem todos aceitem esta filosofia de vida, e que para alguns, quem está mesmo que ocasionalmente, numa posição contrária, seja visto como inimigo e alvo a destruir.

Todos nos esquecemos do essencial: tudo é uma passagem, tudo é efémero, e no todo, todos contamos tão pouco, todos somos tão pequenos.

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