Poder fazer escolhas é não só uma das principais caracterÃsticas que em parte nos distingue dos restantes animais, como é também uma demonstração de que somos seres humanos livres, vivendo pois em suposta democracia.
Fazer escolhas é portanto, bom.
Escolher o vermelho ou o azul, carne ou peixe, a praia ou o campo, ir ao cinema ou ficar em casa.
Naturalmente isto não é sempre assim tão fácil, torna-se especialmente difÃcil quando as escolhas envolvem pessoas, e em muito momentos da nossa vida temos que fazer dessas escolhas.
Eu detesto essas escolhas.
Não porque não as consiga fazer, não porque tenha algum tipo de medo de as fazer.
E aÃ, talvez. Algum tipo de medo.
É que as escolhas que fazemos implicam consequências, e não é que tenha medo de errar na escolha. Todos fazemos erros, todos em muitas alturas escolhemos erradamente.
Quando muito podemos esperar que o balanço aponte para para um maior número de escolhas positivas.
Mas não, não é essa a questão. A questão é que por vezes somos obrigados a fazer escolhas apenas porque sim, porque é obrigatório que o façamos. E não temos particulares razões para optar por A em detrimento de B, apenas tem de ser.
Ora, como dizia, as escolhas têm normalmente consequências, e as consequências são muitas vezes que alguém a quem não escolhemos, nos passe a julgar de forma diferente, apenas porque fizemos uma escolha. Apenas porque tivemos que fazer uma escolha.
Enfim, a vida em sociedade não é nada simples. Mas podia ser, nós é que a complicamos.
E porquê este chorrilho de disparates? Ora, no meu horizonte aproximam-se tempos de escolha.
(Quando repito muitas vezes a mesma palavra, acontece normalmente que ela me pareça estranha. Não é o que sucede se pensarmos na palavra escolha e nos tentarmos abstrair do seu significado? "Escolha", que raio de palavra!)
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