Há dias, o Ministro da Administração Interna António Costa, veio e bem tocar num assunto polémico que precisa de facto de ser posto em discussão e em acção: a extinção de freguesias e municípios.
O nosso país, quase o único da Europa com freguesias, e cuja fundamentação para a sua existência teve a ver com a satisfação de todas as capelinhas (literalmente!), é na verdade uma manta de retalhos de uma completa desorganização administrativa, cheia de freguesias, e mesmo de concelhos, que já não têm qualquer razão de existência.
Todos sabemos que uma grande maioria das freguesias consegue fazer muito pouco (uma licença aqui, um passeio de idosos acolá) e que o seu orçamento vai quase todo para o salário do Presidente, do Tesoureiro e do Secretário, e mais um ou outro funcionário, as que os conseguem ter, funcionários esses que na maioria das vezes não fazem mais que trabalho burocrático.
Por outro lado, também as juntas de maior dimensão, normalmente urbanas, estão por isso "tapadas" pelas Câmaras Municipais, e assim se calhar ainda têm menos razão de existir que as mais pequenas.
Enfim, muito há a discutir sobre esta matéria, e algo tem de ser feito, porque o país não aguenta este desperdício de recursos, no entanto, a fusão ou extinção que eu gostava também ver discutida, e que me parece ainda assim de resolução bem mais fácil, e a qual me continua a perturbar por não ver ninguém falar nessa possibilidade, está também sobre a alçada do mesmo Ministério e tem a ver com as polícias.
Mas alguém me explica porque é que temos PSP e GNR? Não é isso também um desperdício de recursos?
Eu percebo a necessidade da especificidade de uma PJ por exemplo, mas no caso da PSP e da GNR existirão assim diferenças tão grandes para que existam duas forças autónomas?
Com esquadras, veículos, fardas, chefias, e tudo o mais, diferenciado?
Eu compreendo que seja um assunto complicado, mas não era altura de falar disto?
É que depois ainda há polícias municipais, e guardas fiscais, e guardas florestais...
Porquê então, PSP e GNR?
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