terça-feira, junho 07, 2005

Arde

Passei ainda agora sob o tórrido calor na Praça da República vindo da tasquinha habitual dos meus almoços de terça-feira, e de retorno aqui à sede do meu sindicato, e ainda que sem perceber bem de onde, uma consistente coluna de fumo ergue-se no ar, tendo por base um local que não será longe.
O mais que previsível acontece, algures algo arde arrebatadoramente.

E até quando vamos brincar às fogueiras no nosso país?
Se calhar a solução encontrada pelo senhor Paiva para os canteiros das árvores junto à inteligível quasi rotunda do ex-anexo do hospital tem alguma razão de ser, porque não alcatroar o país todo?

Para quando vamos ter vigias a sério nas nossas florestas?
E quando, bombeiros realmente profissionais, leia-se, a tempo inteiro?
E quando é que as nossas forças armadas que nem armadas são, vão servir para alguma coisa, e ter meios aéreos PÚBLICOS para que não haja suspeitas, a fazer alguma coisa?
E quando é que os proprietários que não limpam as suas propriedades vão ser responsabilizados? E expropriados se não cumprirem, e for provado que tinham meios para o fazer?
E quando é que vão existir equipas de desmatação rápida como nalguns países 'sub-desenvolvidos' da América do Sul? Lembram-se dos columbianos (ou argentinos?) que morreram há dois anos em Portugal? Tiveram que vir cá fazer o serviço!

Espero que estas e outras medidas não demorem a sair da pena do governo que ajudei a eleger, porque há de facto prioridades, e o défice não é a única.

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