Há uma frase de Winston Churchil que diz mais ou menos que "os adversários estão lá fora, mas os inimigos estão no meu partido". Cada vez mais concordo com ele.
Felizmente, e ainda que como o mesmo Churchil diz, "já a mentira deu uma volta ao mundo ainda a verdade se está a vestir", certo é que, normalmente, mais tarde ou mais cedo ela aparece.
E já que me deu para citações, tenho ainda que dizer esta: "É possível enganar alguma gente durante algum tempo, mas é impossível enganar toda a gente durante todo o tempo".
E em algumas pessoas, o mau carácter de tão forte e evidente, tem cheiro, gosto, tacto, e vê-se à distância.
Mas ainda bem que existem, porque são esses que em primeiro lugar me fazem esforçar para ser diferente deles, e depois, reconhecer e agradecer a existência de outros que não esses.
Gosto de me surpreender, acho que se na vida não houvesse surpresas, se tudo fosse sabido, conhecido, explicado, pouca graça teria viver. E as maiores caixinhas de surpresas são as pessoas.
Infelizmente, no equilíbrio de forças entre as boas e as más surpresas, há alguma tendência para as últimas ganharem em quantidade. Felizmente porém, por entre a podridão dominante, sempre vai germinando aqui e ali espécimenes de grande nobreza. Como uma pequena flor solitária num deserto, são a esses que damos valor e são esses que lembraremos, e ainda bem.
Tal como muitas negativas surpresas me vão acontecendo, outras há que de boas e inesperadas ainda me fazem comover. E espero comover-me ainda por muito tempo.
Até porque nestes mundanos jogos sociais que o ser humano faz, tantas vezes inúteis jogos de poder, baseados na intriga, na mentira, na inveja, no cinismo e na mesquinhez, na ambição desmedida, e tudo o que de fútil sucede nesta cada vez mais sociedade do acessório e da imagem, é preciso não esquecer as tão "simples" palavras da raposa ao ingénuo e por isso puro principezinho: "o essencial, é invisível para os olhos".
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