artigo publicado no jornal Cidade de Tomar de ontem
«A mudança em todas as
coisas é desejável»
Aristóteles
Setembro. Dia a dia mais próximos de
um importante momento de escolhas. As que determinam o futuro próximo
da nossa gestão municipal. Passará rápido, entre os sons e as
cores de campanha; entre críticas, pedidos e promessas, pouco será
já possível esclarecer das ideias e projetos apresentados por cada
uma das várias equipas a apresentar-se à contenda.
E que contenda. Aquela que encerra a
honra e a responsabilidade de planear, projetar, decidir, fazer em
nome de todos os outros. Ou assim deve ser.
Nada portanto que possa ser encarado de
forma leviana ou desinteressada. A escolha compete-nos a todos.
Bem sei que muitos ainda exercem essa
escolha de forma clubística. “Este” é o meu partido e voto nele
independentemente de quem nele se apresenta, com ou sem condições,
com ou sem soluções. Felizmente, cada vez mais cidadãos percebem
que, particularmente ao nível local, com base numa ideologia é
certo, mas é preciso primeiro perceber o que cada um defende e que
condições tem para o cumprir.
Cada um aferirá da sua
responsabilidade.
Na minha opinião, que penso ser facilmente correspondível, das muitas equipas presentes há vários candidatos a vereadores, mas apenas dois candidatos a presidente de câmara: Carlos Carrão – a continuidade; e Anabela Freitas – a mudança.
Na minha opinião, que penso ser facilmente correspondível, das muitas equipas presentes há vários candidatos a vereadores, mas apenas dois candidatos a presidente de câmara: Carlos Carrão – a continuidade; e Anabela Freitas – a mudança.
Quem ao fim de dezasseis anos de
governação promete agora “uma nova etapa”... ou quem afirma
convicto querer mudar para algo novo, algo melhor, algo condigno com
a terra e o tempo em que vivemos.
Como sempre acontece nestas coisas da política, todas as demais hipóteses, por dispersarem o voto contribuem para manter a continuidade. Igualmente o fará quem optar por se abster.
Como sempre acontece nestas coisas da política, todas as demais hipóteses, por dispersarem o voto contribuem para manter a continuidade. Igualmente o fará quem optar por se abster.
Cada um é livre e responsável pelas suas
escolhas, mas é importante que tenha consciência delas.
Eu e muitos julgamos ser tempo de
Mudança, e ela faz-se com todos. Não quero sequer considerar a
possibilidade de que seja possível deixar tudo como está, e as
queixas de como Tomar está mal recomeçarem logo no dia seguinte às
eleições…
Estou convicto que como eu, a grande
maioria deseja a mudança, acredita nela, e vai construí-la. Vamos
todos, porque só com todos ela se faz.
Mas no entretanto assistamos às
manobras costumeiras. Que não havia dinheiro, que era preciso mais
uns milhões de empréstimo e afinal, de repente, são alcatroamentos
à pressa (que daqui a um ano estão como estavam), são obras no
mercado (exatamente as mesmas que podiam estar feitas há dois anos),
no Convento de Santa Iria, o aluguer e as obras do pavilhão em
frente ao Politécnico, na loja (da antiga PJ) na Alameda 1 de Março
fechada há anos, etc, etc…
Genericamente obras necessárias é
certo, mas que já podiam ter sido feitas em melhores condições.
Porquê só agora?
E outras manobras de campanha. Ainda recentemente a colega de partido de Carlos Carrão, Isabel Damasceno (a ex presidente de Leiria que perdeu a câmara por causa de certas suspeitas, lembram-se?) veio até cá dizer o quanto estava satisfeita com os 27 milhões de obras do QREN em Tomar...
Pois,
obras são sempre discutíveis, pelo que fiquemos por esta pergunta
simples: quantos postos de trabalho no concelho foram criados com
esses milhões todos que ninguém percebe onde estão enterrados?
A grande questão é mesmo, qual a
cantiga que os tomarenses preferem desta vez – a do costume?
As últimas linhas desta missiva têm
de ser dedicadas à freguesia onde quase sempre vivi: os Casais,
agora agregada a Alviobeira.
Parece que por lá a malta do PSD e os seus agentes andaram muito divertidos com a gralha tipográfica que num postal lá distribuído pelo PS menciona a freguesia de São Pedro.
Parece que por lá a malta do PSD e os seus agentes andaram muito divertidos com a gralha tipográfica que num postal lá distribuído pelo PS menciona a freguesia de São Pedro.
Devo dizer que não cabe a Arménio
Breia (que é para mim e muitos um exemplo a seguir), ou à equipa
socialista que lidera nestas freguesias, qualquer responsabilidade
por essa gralha. A responsabilidade é apenas de um: minha. E por
isso antes de mais, a eles as minhas desculpas, bem como a todos os
restantes cidadãos das duas freguesias agora unidas.
De qualquer forma, essa gralha é
apenas isso, uma troca de nome num texto, passível de acontecer a
todos os que produzem alguma coisa. Assunto irrelevante.
Fico por isso contente que seja este tipo de argumentos que se usa para atacar a lista socialista. É bom sinal.
Fico por isso contente que seja este tipo de argumentos que se usa para atacar a lista socialista. É bom sinal.
Ainda assim, parvoíce por
parvoíce, se quiséssemos entrar por essa via, haveria tanto onde
criticar e glosar com os vinte anos de gestão PSD e a lista que
agora por lá se apresenta.
Não entro nesses caminhos, os socialistas nabantinos primam pela discussão de ideias e alternativas, a olhar sempre com esperança no futuro, e não pelo achincalhar as pessoas e outras técnicas mesquinhas de “politiquice”.
Não entro nesses caminhos, os socialistas nabantinos primam pela discussão de ideias e alternativas, a olhar sempre com esperança no futuro, e não pelo achincalhar as pessoas e outras técnicas mesquinhas de “politiquice”.
Para os próximos dias desejo a todos os candidatos nas muitas listas à câmara, assembleia municipal e assembleias de freguesia, uma campanha sã, elevada e responsável. A todos os demais nabantinos, paciência, reflexão, e decisão.
Tomar somos todos, e eu Acredito na Mudança.
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