Ao prof. Rebelo, em resposta ao comentário ao post abaixo alhos e bugalhos, telemóveis e call centers:
Temos uma divergência de opinião, enfim, é da vida.
Acha de Sócrates o que entender, enquanto eu (apesar de já várias vezes ter dito que ele nem era a minha escolha natural para líder do partido, logo, também não para PM; achava que não tivesse muito conteúdo ideológico, nem gostava muito da postura "feita para a televisão" com que ele, por exemplo, discursava; apoiei-o porque foi o melhor dos que se chegou à frente) acho que ele foi uma agradável surpresa, e provavelmente o melhor primeiro-ministro que o Portugal democrático já teve, isto apesar de ter alguns flops como membros do governo, algumas teimosias, e alguns amigos pouco recomendáveis.
Mas com o governo de Sócrates haviam ideias claras, que deram resultados e pela qual ele se bateu até ao fim: choque tecnológico, modernização e simplificação administrativa, aposta na educação e na investigação, energias renováveis, etc, etc.
É de lembrar por exemplo, que foi o seu governo o primeiro depois do 25 de Abril que conseguiu baixar o défice do Estado, antes das medidas sociais de combate à crise que o fizeram subir novamente.
O caro amigo tem um curso de economia, assim julgo saber, por isso não pode desmentir este facto.
E mesmo algumas questões mais discutíveis, como o TGV ou o novo aeroporto, foram defendidas em campanha e Sócrates por elas se bateu até ao último dia.
Isto já para não falar que o motivo que deu origem à queda do seu governo, o chumbo do PEC4 (quem nos dera termos agora apenas isso, e continuo convencido que a sua aprovação podia ter evitado a intervenção externa) foi motivado essencialmente pela necessidade de sobrevivência política de Passos e Relvas cuja liderança começava a ser posta em causa no interior do PSD, aos quais se juntaram os partidos do protesto eterno e anti-poder.
Já este governo, que ideia tem afinal para o país? Dizer ao jovens para emigrar, empobrecer as famílias, aumentar as desigualdades sociais? Este governo que fez fé na credibilidade, na competência, na transparência, no rigor, e que afinal mostra ser em tudo o contrário?
Que futuro apresenta este governo aos portugueses? Vender tudo a retalho aos amigos?
Quanto a Relvas, não, não resolve nada demitir-se ou ser demitido, o governo está baseado naquela filosofia, quer Relvas lá esteja quer não.
E depois, eu já aqui o disse, por mim claro que não, não se deve demitir. Por mim deve lá estar o mais tempo possível da duração do governo - embora, convenhamos, vai ser difícil.
E na assembleia municipal igualmente, já disse e agi em conformidade. Por mim será presidente da assembleia até ao último dia do mandato - tem de explicar em que é que afinal andou a fazer aqueles gastos abusivos - mas por mim fica até ao fim.
Para que os meus caros concidadãos não esqueçam. Que esta coisa do PSD em Tomar andar sistematicamente a substituir pessoas a meio dos mandatos é truque que não pode salvá-los sempre.
2 comentários:
No tempo do Sr sócrates(2005 a 2011) as ideias eram realmente muito claras.
-Auto-estradas para agora estarem vazias
-Hospitais para agora serem fechados por falta de dinheiro(Para quê 3 Hospitais como existe em Tomar, torres tonas e abrantes)
-TGV, para depois andar vazio
-Foram tantas e volumosas as asneiras que conseguiu levar à falência os cofres do Estado português
Caríssimo,
isso são opiniões não factos.
Mas diga-me acha que o IC3 ou o IC9, ou a primeira autoestrada de Trás-os-montes por exemplo, são autoestradas a mais? É que são essas as "autoestradas de Sócrates".
Quanto aos hospitais, está muito confuso com as datas. São todos muito anteriores ao governo Sócrates.
E o TGV sim, é discutível, era um risco, mas eu sou dos que acham que não podemos atrasar nas ligações à europa. Os problemas do país sempre se agravaram quando a nossa periferia aumenta.
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