Há nove meses, ainda Sócrates era primeiro-ministro, uma repórter do Diário de Notícias, Maria de Lurdes Vale, escrevia:
«Terá de haver uma mudança de vida profunda, e já ninguém terá paciência para ser cúmplice de um regime que premeia os amigos e os conhecidos em detrimento dos que tiveram de fazer o caminho à sua própria custa. Ao contrário do que muitos pensam, esta revolta dos jovens de hoje talvez seja a primeira depois do 25 de Abril que tem pés e cabeça.» Contra os que sempre passaram à frente, DN, 20 de Fevereiro de 2011.
Há três meses, a mesma repórter foi nomeada assessora de imprensa do ministro da Economia, com vencimento equiparado a director-geral: 3900 euros por mês, acrescidos de ajudas de custo e subsídios de alimentação, natal e férias. (Com remuneração superior, só a chefe de gabinete do ministro Álvaro: 5900 euros por mês mais ajudas de custo e subsídios de alimentação, Natal e férias.)
6 comentários:
Hugo, estás um bocadinho atrasado nas nomeações :). A Maria de Lurdes é neste momento minha superior hierárquica no Turismo de Portugal. Foi nomeada vogal do conselho de administração num Instituto Público que entretanto deixou de ter estatuto especial o que significa um decréscimo no vencimento...
Estou de facto desatualizado, mas fico contente por ver que ela que era uma jornalista isenta, viu reconhecido o seu esforço e o construir do "caminho à sua própria custa"!
:)
Estou "divertidíssimo"...
Não comento Hugo. Penso que és capaz de perceber qual a minha opinião. Nunca fui a favor de nomeações de cariz estritamente político para cargos executivos, especialmente em setores estratégicos para a nossa economia... E daqui poderás tirar às tuas conclusões relativamente à minha opinião. Com o meu comentário só queria dar-t e nota do atual cargo ocupado pela pessoa que identificas-te.
* identificaste
E já agora, acho que também deve ser importante dizer-te que a perspectiva era um acréscimo no vencimento...mas a política às vezes tem destas coisas... ;)
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