Alexandre Correia Leal, reconhecido médico e empresário radicado em Tomar, acusa-me no meu texto abaixo (arrogância de alpaca II) de ser demagogo. É uma opinião legítima, mas não concordo, como aliás não concordo com algumas outras que tem tido em relação a esta, mais uma, reorganização do CHMT.
Se falo nisto é porque a demagogia é uma das atitudes que mais condeno na política (ou em qualquer outra atividade) excepto em casos muito raros em que apareça aliada ao sarcasmo e ao humor. E por isso se há coisa que tento não ser, é precisamente demagógico.
Acusa-me ainda de errar o alvo. Mas a única coisa que faço nesse texto é reagir em função dos dados disponíveis e esses parecem-me claros. Numa conferência de imprensa, um gestor público politicamente nomeado há um mês, deu-se ao luxo de gozar com os autarcas, ou seja, aqueles que foram legitimamente eleitos pelo povo.
E fez mais, desviou o assunto para a questão dos transportes entre as unidades hospitalares, que obviamente é um problema que não foi criado pelos autarcas e dificilmente poderá ser resolvido por estes. Ora isso é que me parece demagógico.
Bom, e isto "dava pano para mangas". Mas não vale a pena insistir muito no assunto. A minha tese essencial é esta: gestores públicos, ainda para mais nomeados politicamente não podem ter este tipo de atitudes. E digo-o com a legitimade de quem durante dois anos teve também funções dessa natureza e teve de enfrentar várias situações difíceis, a maior parte delas criadas antes do meu início de funções, tendo sido aliás muito mal e injustamente tratado por um jornal distrital, sem que alguma vez tenha reagido com este tipo de atitude.
Ser gestor público obriga desde logo a uma postura de humildade, capacidade de diálogo e de ouvir e respeitar as críticas. Chama-se a isso postura de serviço público.
Mas o essencial de tudo isto do CHMT é para mim simples, trata-se da questão da verdade (palavra tão cara ao PSD) e da falta dela. E reconheço que nesse aspeto esta administração ou outra nem tem grande responsabilidade porque é verdade, respondem "perante a tutela" tal como afirmaram.
Ora relativamente à tutela, ou seja, ao Governo, a verdade é simples e está à vista de qualquer leigo, estão a preparar as coisas para a venda do hospital de Tomar e andam aqui com manobras para entreter, em vez de assumirem aquilo que verdadeiramente desejam.
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