quarta-feira, dezembro 21, 2011

os desconcertos da CMT

Estive no domingo à tarde a assistir na Igreja de São João ao concerto de natal da banda da SF Gualdim Pais, que uns dias antes tinha também realizado o espetáculo de natal das escolas de música e dança no auditório do IPT.

Eu não me recordo se aquela ideia absurda da Câmara Municipal de Tomar em cobrar a utilização do Cine-teatro e outros espaços está já em execução (pelo menos na AM não foi nada aprovado, mas também não era a primeira vez) mas a resposta está aí.

Será assim tão difícil na CMT perceberem a razoabilidade lógica e prática das "ideias" que lhes atravessam o vácuo espírito, e deixam de fazer gestão contabilística (provado está que nem essa sabem fazer) passando sim a fazer gestão público/política com tudo o que isso implica (planeamento, estratégia, definição de objetivos e prioridades,...)?
E depois talvez percebessem que nenhuma opção, nenhuma medida pode ser avulsa, mas tem de estar integrada, tem de ser coerente com a estratégia definida.

No caso concreto, não se pode estar permanentemente a dizer que se quer apostar na cultura e na vertente de criação de eventos como um dos pilares de desenvolvimento, e depois cobrar a quem localmente produz e promove a cultura e os eventos (cria públicos, cria ofertas, cria postos de trabalho...) a utilização dos espaços que ainda por cima, não servem para grande coisa mais.
É óbvio que é preciso encontrar formas de financiar a manutenção, e particularmente os recursos humanos desses espaços. Mas não pode ser a cobrar às associações, política não é matemática!
Até porque como é evidente para qualquer testa que funcione, as associações simplesmente deixarão de utilizar os espaços - ou então, como algumas têm feito noutros casos, "ficam em pagar"....

Quando é que na CMT percebem que não são as associações, particularmente as que efetivamente trabalham, que estão ao serviço da CMT, mas sim a CMT que está ao serviço das associações, da generalidade das instituições e dos cidadãos do seu concelho?

Tudo isto são questões de simples bom senso...
mas bom senso é coisa que falta muito ali pela Praça da República!

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