A rádio Hertz promove este sábado um debate sobre "o estado do concelho".
A ideia elogia-se, faz falta em Tomar, e é aliás a meu ver uma das responsabilidades da comunicação social a promoção deste tipo de iniciativas, não devendo acontecer só durante as campanhas eleitorais autárquicas.
É pena que a generalidade dos responsáveis pelos orgãos de comunicação social tenham a opinião, que depois se materializa na linha editorial, de que a política não interessa aos leitores, e que como tal não vende jornais.
Tenho uma grande convicção de que isso não é verdade. Tudo resulta do "como"... neste caso, do como se questiona a opinião às pessoas. É evidente, graças ao infeliz "politicamente correcto" instalado, que se se perguntar directamente à generalidade dos cidadãos (o uso da palavra "cidadãos" não é acaso - como se por acaso fosse acaso a escolha de palavras que normalmente uso...) o que pensam da política, responderão algo como: não sei, não quero saber, não interessa para nada, são todos iguais, etc, etc - aqueles chavões generalizados e baseados na ideia de que a Política é uma coisa má, quando na verdade é das mais nobres actividades do Ser Humano, e verdadeiramente na acepção pura do termo, a mais antiga do Homem enquanto tal.
A verdade contudo, bem verificável na nossa comunidade, é que não é assim. A verdade é que a generalidade dos cidadãos sabe sobre todas as afirmações, sobre todas as medidas, todos os disparates, todas as tricas, tudo o que acontece no mundo autárquico, ou de forma mais abrangente, tudo o que acontece no mundo político nabantino. E depois convenhamos, que outro tema em Tomar pode interessar mais à globalidade dos cidadãos nabantinos?
Escrito isto, e porque hipocrisia é das atitudes que mais abomino nas pessoas e é para mim impensável praticá-la, sinto-me obrigado a acrescentar que: agradeço o convite mas, obviamente, o presidente do PS Tomar não estará presente.
Incoerente? De forma alguma.
(Escrevi isto na quarta-feira e só agora reparei que não o tinha publicado, o que acontece muitas vezes, umas intencionalmente outras por lapso, o que no caso ainda vai a tempo de ser corrigido. Fica o registo)
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