sábado, junho 19, 2010

O Nobel da Azinhaga, o vizinho de Lanzarote


"A alegoria chega quando descrever a realidade já não nos serve. Os escritores e artistas trabalham nas trevas e, como cegos, tacteiam na escuridão"

José Saramago, único Prémio Nobel da Literatura português e, escritor que até hoje mais li, partiu ontem definitivamente para o panteão dos imortais. Não adianta chover no molhado, por isso não vale muito a pena falar sobre de quem, muito depois de nós partirmos e cairmos esquecidos nas cinzas do tempo, ainda as palavras serão lidas. E como bem hoje disse Manuel Alegre, a melhor homenagem que lhe podemos fazer é ler o que escreveu.


Dos magnânimes E
nsaio Sobre a Cegueira, Memorial do Convento ou Evangelho Segundo Jesus Cristo, a que junto a 
Jangada de Pedra, O Ano da Morte de Ricardo Reis, História do Cerco de Lisboa, Ensaio sobre a Lucidez, Todos os Nomes, Provavelmente Alegria, e dos que agora me ocorrem, também o infantil A Maior Flor do Mundo, fizeram já parte vibrante e imprescindível das minhas viagens literárias, e mais dois ou três estão em fila de espera (nessa fila que ao longo do último ano tem andado vagarosa, ultrapassada por várias outras leituras não romanescas) entre os quais o obrigatório Levantado do Chão que me tem escapado.
Saramago, um autor único, magnífico, e obrigatório para quem realmente gosta de ler.

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