“Nós pertencemos à geração que levou este país à insolvência. Uns por irresponsabilidade, outros por incompetência, outros por resignação. Se são necessárias medidas duras para dar a volta a este país que se as tome de vez”. diz José Eduardo Carvalho, presidente da Nersant, via O Mirante.
Assim sim, é tempo das gerações que têm governado este país no pós 25 de Abril - que têm auferido grandes salários e abotoado abastadas reformas para as quais, ao contrário do que muitas vezes é dito, não descontaram verdadeiramente; para os que têm procurado apenas o lucro imediato; para os que entenderam a liberdade como libertinagem, ausência de regras e lei do mais forte ou mais esperto; para os que têm envergonhado o passado e borrifado no futuro - perceberem, aceitarem e declararem que são os grandes culpados pelo estado de coisas que no país e em cada um dos seus concelhos vamos atravessando.
E perceberem também, que embora exista uma geração que esteve de facto à rasca com a borrasca feita por seus pais, ela só é rasca na proporção do desenrascanço despesista e desobrigado, incompetente incapaz e indesculpável, daqueles que não souberam ser modelo, não souberam preparar e motivar, e apesar de tudo, por mais que esses irresponsáveis ultrapassados e conservadores o não queiram reconhecer, essencialmente com medo de serem corridos de onde quer que estejam, os jovens de hoje são os melhor preparados de sempre, tal como os que virão serão ainda mais.
Todas as gerações suplantam as anteriores, por mais que os seus progenitores os não saibam educar para aprender e construir.
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