sexta-feira, março 05, 2010

tapetes e atrevimentos

Ora, a junção destas duas palavras traz-me imagens de matérias que manda o bom senso, não aborde aqui no blogue...


Não, é mesmo de política que se trata. Pois o novel presidente do PSD local, José Delgado, afinal lá deu uma entrevista, na última quarta feira penso eu, à rádio Hertz. Não ouvi, mas ainda ontem durante a tarde me contactaram a fazer um pequeno relato, e o próprio mo confirmou à noite, no jantar de aniversário da Casa do Concelho de Tomar em Lisboa.
Então, na ânsia de mostrar serviço, e ruptura que parece ser coisa em voga naquele partido, o meu caro homólogo laranja lá vai dizendo que o PS anda muito atrevido e que «vai tirar o tapete ao PSD».


Eu, é sabido, não gosto de me meter em casa alheia, mas já que a grande bandeira de quem mais não sabe, são os argumentos contra o PS, vejamos bem a coisa:
Quem já tirou parte, e há-de tirar o restante do tapete ao PSD, são os cidadãos nas eleições, e certamente que não por culpa das pretensas "fragilidades" que Delgado gostaria de achar no PS.
O PS sabe bem que não ganhou a câmara, como sabe que há-de continuar a trabalhar para ganhá-la. O que não quer dizer que isso seja de alguma forma inconciliável, muito pelo contrário, por assumir compromissos e responsabilidades, e trabalhar o mais possível, guiado pelos seus ideais e programa sufragado, com diálogo com o presidente e vereadores PSD, na senda dos interesses de Tomar e dos tomarenses.


Se, contudo, o meu caro homólogo pretende que o PS termine a partilha de responsabilidades, abruptamente antes do fim do mandato, vai esperar sentado e entediado.
O PS sabe assumir e cumprir as responsabilidades que adquire e não tem duas caras. Enquanto eu tiver uma palavra a dizer será indubitavelmente assim, e eu próprio o deixei claro em Assembleia Municipal última.


Daí, não sei bem o que entende por atrevido o agora presidente do PSD. Será ele contudo, que terá de mostrar que atrevimento tem, e se não gosta de ver o PSD sujeito a negociar com o PS, ter sim a coragem de terminar com o acordo (que ele diz desconhecer mas que é público). Se for capaz.
E dizer depois a todos os cidadãos como faz para governar a câmara, sendo certo que esta precisa de maioria para conseguir efectivamente governar, para mais nas circunstâncias difíceis em que se encontra.
Será que está desejoso de correr para os braços de Pedro Marques e da renegada laranja Graça Costa, e os demais independentes associados anti partidos? Então, força. Bem, pode até ser mais corajoso, e anunciar já Pedro Marques como candidato do PSD daqui a quatro anos!


Hum, que tal? Isso é que era atrevimento. Também, fim de ciclo por fim de ciclo, era só uma questão de juntar as famílias...

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