E na inutilidade dos dias que passam
não descubro mais razão ou sorte em mim
não no jejuar dos lírios em gotas frias do orvalho matutino
não no piar doce das rolas ao fechar os olhos com o deitar do sol
entre esses dias
e entre todo o renascer das virgens flores
e o cair das folhas amarelas crispadas, mortas, por onde já vivi
sou apenas a mesma massa de disformidade humana
crasso molde inacabado que ninguém ao certo deseja completar.
O vazio constante cresce abrupto
sugando-me a dentro, sempre
as marés de algo meu que seja vida
enchem e escoam sem areia molhar
assim cheguei, sem pensar, a mais um final
talvez prematuro ainda que ansiado
algo dei, algo fiz, cheguei julgar saber
e quando caem as últimas folhas
ainda que apenas as andorinhas se baptizem no voo
amigo feitos, amigos idos, e a estação é só mais uma...
- Alguém sabe quem sou?
no baú de silêncios, com já mais de uma década, encontrei um guião para esta hora. Naquele dia o contexto era outro e irrepetível, mas a questão acompanhar-me-á sempre.
- porque está este post às cores? Hum, uma pergunta difícil de cada vez se faz favor!...
- porque está este post às cores? Hum, uma pergunta difícil de cada vez se faz favor!...
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