...correm, nem parecem maiores, não há tempo para nada, e muito menos para este "hotel de desocupados" como chamou em tempos o presidente de Câmara de Almeirim a esta coisa dos blogues.
Nas funções que agora desempenho até passo considerável tempo ao computador, mas isso só faz fugir ainda mais a vontade de nele fazer o que não seja obrigatório, e o meu computador em casa passa dias sem ser ligado, mesmo que eu até lá esteja, o que vai sendo em períodos cada vez mais curtos.
Algumas saudades já de Lisboa, onde desde de Maio fui apenas parcas vezes, e sem a premência do dia-a-dia. Saudades da luz reflectida nos edíficios do Chiado quando por eles passava a correr para o metro, a correr para o comboio, a correr para Tomar. Convenhamos que passar todos os dias pelo apinhado Agroal, de emigrantes e octagenários semi-nus a "acampar" pela estrada fora, na minha pressa a caminho da Vila de Freixianda, não é bem a mesma coisa.
Tanto para dizer, tanto para comentar, e contudo o que me apetece referir é que a passada semana, numa escapadela de fim de dia que se prolongou até à manhã seguinte, consegui finalmente saber a temperatura do mar! E mesmo que só por breves horas foi o suficiente para o meu primeiro escaldão do ano. E pronto, o meu verão de praia é bem capaz de estar feito. Ano de eleições é assim mesmo, como mesmo mesmo, é serem sempre os mesmos a trabalhar...
A coisa anda de tal forma que até esqueci de referir o quinto aniversário deste blogue! Lembrei-me hoje de manhã que aqui o algures haveria de ter feito anos em Julho. Mas é normal, se eu não me lembro dos aniversários das pessoas, porque me haveria de lembrar do blogue?
Cinco anos, já está a entrar para a escola...
Falando em blogues, o blogue do jornal O Templário foi a última vítima a ter de limitar os comentários. Aos poucos todos, com sentido de responsabilidade, temos de fazer o mesmo. Aqui no algures há dois anos que os comentários se restringiram. É pena, mas é a demonstração da forma como algumas pessoas vivem a Liberdade e a Democracia: cobardemente a coberto do anonimato a chamar nomes a tudo e todos.
Não há Democracia sem regras, e é bom que não exista sem Ética.
E de resto o assunto do dia vão sendo as eleições que se avizinham, Legislativas e Autárquicas. Nas que mais nos estão próximas, este vai ser um ano muito interessante: 7 listas candidatas a uma câmara da dimensão de Tomar é obra!
Tudo está em aberto, depende da vontade dos tomarenses em mudar o seu rumo ou em manter tudo na mesma. O PS com o arq. Vitorino à cabeça está com boas possibilidades, e é a única alternativa credível e capaz, com equipa e projecto, para realizar a tal mudança. Mas são os cidadãos que decidem, e com a máquina do PSD montada e os aliciamentos de última hora que vão fazendo, é bem possível, até pelas muletas que têm em listas que roubam votos ao PS, que possam ainda assim, depois de todos os disparates e incapacidades, ganhar. Se acontecer, será um grande passo na amorfização final da outrora cidade de Tomar. Depois de 2013, nada será como dantes, não mais haverá dinheiro como até aqui. E se Tomar até nem com dinheiro soube fazer nada...
Aconteça o que acontecer uma coisa parece ser certa: nenhum partido vai ter maioria na Câmara, que será provavelmente muito multicolor, e isso será à partida prenúncio para ainda piores acontecimentos. Os tomarenses têm a responsabilidade da decisão de tudo isto na mão, mas como habitual não parecem disso muito conscientes ou preocupados. As várias forças vivas(?) da comunidade também não se fazem notar e outros actores com responsabilidade são normalmente subjugados con ou inconscientemente a nada oporem ou até "ajudarem".
E assim vão os dias dos nabantinos, por mais que os próprios não se interessem ou apercebam: maus. Como maus vão os de Miguel Relvas, mas isso são contas de outro partido, e se positivamente pouco se conhece que tenha acrescentado à nossa terrinha, também não se comente muito agora o facto do eterno deputado deixar de o ser, até porque a reforma já ninguém lha tira. É da vida, tudo tem o seu tempo.
E por aqui, o tempo para escrever, acabou-se.
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