A forma como a comunicação social "dá notícias" há muito não surpreende, ainda mais a quem por vezes se vê directamente nesses enredos, mas o Expresso realmente já não é o que foi...
Abaixo, excertos do comunicado de imprensa da empresa responsável pelo software do Magalhães, acerca dos tais erros...
Que, acrescento eu, não eram verdadeiramente o que interessava noticiar, mas sim a mensagem subliminar que lá tinha o Governo feito "borrada outra vez", ainda para mais em algo, que por muito que tentem, ficará para os anos vindouros como um passo gigantesco do nosso país rumo ao futuro, estudo de caso a ser seguido por muitos outros, e marca dum país evoluído.
"No artigo publicado no semanário “Expresso”, a 7 de Março de 2009, com o título “Jogos educativos do 'Magalhães' repletos de erros de português” encontram-se várias imprecisões e omissões que não contribuem para o esclarecimento do assunto. (...)
1. Extensão dos erros: a notícia refere “80 erros clamorosos de ortografia, gramática e sintaxe
nas instruções dos jogos incluídos no ambiente de trabalho Linux.”, contudo, em toda a notícia
apenas é referido o nome de uma aplicação de software, o GCompris, não havendo qualquer
referência a outro software ou documentação. Para efeitos de enquadramento, no ambiente
de Linux Caixa Mágica Mag existem 1.236 aplicações de software diferentes e um manual de
Caixa Mágica em português de 230 páginas.
2. Causa do erro: o processo de tradução / localização de software envolve um passo de
tradução automática, sendo este passo seguido de uma verificação manual. No caso do
software Gcompris, por falha humana da parte da Caixa Mágica, parte da tradução desta
aplicação não foi validada.
3. Correcções já efectuadas: face à complexidade de gestão das 1.236 aplicações, existe um
sistema de actualizações no Linux CM Mag que sempre que o Magalhães se liga à Internet faz
o download das aplicações actualizadas e instala-as. Foram efectuadas correcções em
relação ao pacote de software Gcompris em 22-10-2008 e em 10-1-2009. Essas actualizações
foram o resultado de um controlo de qualidade interno e realizadas com a colaboração de
professores e educadores. A análise feita ao software na peça jornalística não incluía essas
actualizações. Este processo de melhoramento é contínuo e todos os Magalhães saídos de
fábrica beneficiam das actualizações feitas até ao momento.
4. Tradutor com 4ª classe: o artigo afirma que o tradutor José Jorge, tem como habilitações a
4ª classe (título “Tradutor tem a 4ª classe”). José Jorge, o tradutor original tem uma
licenciatura em Filosofia e uma licenciatura em Informática, trabalhando neste momento em
Tecnologias de Informação e sendo devidamente qualificado para a responsabilidade."
o comunicado na integra aqui
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