quarta-feira, janeiro 09, 2008

O mundo. Ou uma miúda parte da parte que avisto

Pois é, 2007 lá se foi e 2008 chegou de mansinho com os habituais aumentos de preços e os costumeiros prognósticos de vida melhor, dizem uns, pior dizem outros, e isso já se sabe, é apenas igual a todos os anos.
Janeiro é aquele mês que cheira a chuva e a frio, e a tormentos auto-infligidos por compensação a todos os excessos cometidos em Dezembro. O mundo enfim, segue com “dranquilidade”, ou seja, o Sporting parece que acabou de perder no Bonfim. Aliás, futebol bom bom, mas mesmo do bom, é na Liga dos Últimos na RTP-N, a incontestável prova que até na comédia, a realidade é muitas vezes melhor que a ficção.

Nos EUA Obama ganhou o primeiro round para os Democratas, Hillary o segundo. Eu prefiro Obama, parece-me mais sincero, mais capaz de algo novo, pois por muito que uma mulher Presidente do país mais poderoso do mundo fosse interessante, a senhora Clinton ao contrário do marido, parece-me demasiado uma produção american style.

Por cá, a comunicação social entretém-nos com o pequeno frisson de contestação contra o inevitável, a restrição ao tabaco; com o referendo que alguns pedem mas que em verdade a ninguém interessa, até porque o resultado seria mais evidente que os dotes de actriz da Soraia Chaves; e a expectativa em relação ao campeonato que este ano importa, ganha Ota ou Alcochete?

Já eu, cá vou andado neste lufa-lufa de casa-comboio-metro-chiado-escola, escola-chiado-metro-comboio-casa, sendo que casa para mim é um conceito vasto que se objectiva numa palavra: Tomar. Aí, aqui, outras tarefas me competem, mas sobre essas por norma aqui não falo muito. Também para quê, se os anónimos de outros blogues cá do sítio já dizem saber tudo?

Por falar em escola, aquela onde lecciono numa encosta do eclético Chiado, completou hoje 97 anos sobre a primeira aula que aí se deu. Uma idade provecta que me faz pensar por um lado na perenidade da vida, por outro na sua incontornável finitude. Que o termo dela venha longe para todos é o que se ambiciona, e se não puder ser para todos que seja pelo menos para Alberto João que para mim sempre foi o rei da comédia, e eu adoro rir. Nem sei porque a TVI não o convidou já para um reality show, agora que os 'gatos' vão para a SIC não tenho dúvidas que seria a melhor arma para as audiências.

Entretanto por terras de Iria e Gualdim, a par ainda com as reacções à mais que (mais que quase todos, pelo próprio) desejada partida de Paiva, uma das grandes notícias da semana que passou, a julgar pela capa do 'Cidade' foi a domesticação de um javali… o que prova a tese de alguém que afirmou que a pior pobreza, é a de espírito. Ou seja, nada de especialmente novo aqui pelas margens do Nabão.
Mas calma, 2008 é ainda pouco mais que uma erva daninha, ansiemos pelo jardim de singulares novidades que nos trará.
Pois, hoje ‘tou pouco inspirado para as metáforas, é o que faz ter a televisão ligada há algumas três horas o que para mim é muito tempo e adormece a inteligência. Melhores noites virão...

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