Ora diz que é natal. Por mim, não posso dizer que seja particularmente aficionado desta festarola feita grande. É verdade que tem aqueles momentos sadios em que a família se junta algures perto duma lareira, a engordar uns quilos com um amontoado de coisas que fazem muito mal a muita coisa. Mas tudo o resto... enfim, era dispensável. Hoje finalmente fiz as aquisições da época, e se não fosse no último dia não teria piada costumo dizer, mas também não teria conseguido fazê-lo antes. Entre estas têm destaque as costumeiras prendas, um dos aspectos a que tenho alguma aversão, não fosse dificilmente me serem aprazíveis realidades impostas. As prendas deviam ser como se diz do natal, oferecidas quando bem entendêssemos, e não seleccionadas de prateleiras de hipermercado devidamente abarrotadas e separadas consoante a bolsa dos clientes.
Finalmente aqui sentado perto da tal lareira na minha casa de campo, que é como quem diz a casa dos meus pais, enquanto as minhas avós se deliciam com o Fernando Mendes a dizer disparates na televisão, e o resto da família vai chegando, e depois de deglutidos já uns sonhos e umas filhoses entre outras iguarias, tenho então tempo para no portátil quase a estrear navegar por aqui um pouco.
Já não tenho paciência para ler mais sms, nem tive ainda tempo e vontade para enviar nenhum; na televisão extravasam programas e anúncios de beneficência a favor não sei de quem; e toda a época tresanda a hipocrisia, desperdício, pedantice e vaidade, valores afinal, muito diferentes dos que pretensamente propala a cristandade. Até “a iluminação de natal é um exemplo”.
Enfim, tentemos abstrairmo-nos de tudo isso, e aproveitar apenas as coisas boas e íntegras, até porque o peru entretanto chegou à mesa, e está tudo com ar esfomeado a olhar par o maluco que está agarrado ao portátil. Fiquem bem, gozem muito, e se mais não for, que da vida se leva o que cá se aproveitou, ao menos que haja tempo para
BOAS FESTAS…
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