terça-feira, novembro 20, 2007

O escuro e as cheias

foto d'O Templário

Com as primeiras águas e os primeiros relâmpagos que ontem caíram em Tomar, voltaram as cheias assim como os apagões. (que, tudo indica terá sido, já me custaram antes um frigorífico, ainda por cima baratinho!)

A malta das finanças é que deve estar contente, quando mudarem para o edifício junto ao rio vão ter mais dias de férias. E com um pouco de sorte, alguns contribuintes vão ver dívidas perdoadas com o apodrecimento dos processos.

É estranho que estes fenómenos pareçam piorar de ano para ano, tendo o ano transacto registado um número provavelmente recorde de cheias, mas que fique bem claro que, se no caso da água, a culpa é de São Pedro e da preguiça da água em descer pelo seu curso normal, no caso dos apagões é estrita culpa da EDP e das cegonhas.
Que não passe pela cabeça de ninguém, porque nunca e em tempo algum terá a Câmara Municipal, nesta como noutras matérias, qualquer responsabilidade.

E, mais uma vez tenho que admitir, percebo o que está por detrás disto e reconheço a genialidade do plano. Isto não passa de promoção turística, certamente ainda em testes, mas que chegará com maior vigor, assim que a subida das águas seja mais permanente e a desclassificação de Tomar esteja mais consolidada. Veja-se só um dos possíveis slogans:

"Romantismo é em Tomar. Venha navegar a dois pelas ruas escuras e alagadas da encantada vila do Nabão."

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