artigo publicado hoje no jornal Cidade de Tomar, (embora no jornal tenha algures um ponto de interrogação a mais, que adultera totalmente o sentido da frase)
Tem sido alguma, ou pelo menos provocada por actores especializados, a polémica em torno da proposta apresentada pelo PS, através dos membros da Assembleia de Freguesia de São João nesse órgão, e do Vereador Carlos Silva, em reunião camarária, proposta essa que visa a construção de um Parque de Campismo na Machuca.
Ora, vamos aos factos.
O PS sempre foi contra o encerramento do Parque de Campismo.
O PS não teria encerrado o Parque de Campismo.
O PS não foi escolhido pelos tomarenses para ser poder, ou seja, o PS não decide nem executa.
O PS é oposição, e foi para isso que os tomarenses nos mandataram. Mas a nossa visão de oposição é certamente diferente, de alguns emprenhados hábitos de politiquice que afectam muitos dos tais actores que antes se falava.
O PS acima de tudo deseja através da sua acção um fim último: a melhoria da qualidade de vida dos Tomarenses e o desenvolvimento planeado, partilhado, equilibrado, sustentável, do concelho de Tomar.
Assim, o PS apresentará propostas, defenderá causas, debaterá projectos, sempre de forma séria, construtiva, positiva, e responsável. È assim que os seus dirigentes o desejam, e o farão cumprir. É assim, que os seus militantes o exigem, e nele se reconhecem.
O PS quer recuperar a confiança e o crédito dos tomarenses – sem dúvida! – mas sempre com o fim último atrás definido, e com os critérios também já anunciados. Não faremos jogos baixos, não empregaremos métodos de escaramuça, não procuraremos atravancar o trabalho da autarquia, se este for orientado para o mesmo fim que defendemos. Enquanto os actuais dirigentes do PS se mantiverem, o rumo será o traçado. Sem politique. Sem partidarismos bacocos.
Mais, o PS não é um grupo centralizado ou personalizado em torno de uma ou duas pessoas. PS é um grupo vasto de gente, que consoante a actualidade, a disponibilidade, a pertinência, reúne para discutir ideias, e em consonância possÃvel, as decidir.
Mas voltemos ao Parque de Campismo, e aos factos.
Tomar, concelho que se diz ter como principal valência o Turismo, tem um problema: NÃO TEM UM PARQUE DE CAMPISMO!
Não foi o PS quem criou o problema, nada fez para contribuir para ele, e sempre alertou, ao contrário de outros, para o problema que iria ser criado, e para a decisão que considerava errada.
Facto: O Parque fechou há três anos.
Facto: As condições do parque nunca foram boas para a prática do campismo. Eu sei, eu acampei lá.
Facto: O PSD, partido a quem os tomarenses deram a maioria, ainda que sem ter apresentado programa eleitoral, projectou no âmbito do Programa Polis, um parque de cidade. Como será esse parque de cidade? Não sabemos, não nos competiu decidi-lo, não nos competirá executá-lo. Desejamos apenas que esse parque seja efectivamente dignificante da nossa cidade, e um espaço útil e aprazÃvel ao serviço dos cidadãos.
Não facto: Os tomarenses defendem o parque na sua localização anterior. – Não sei, realmente não sei. É bastante difÃcil saber o que pensam os tomarenses.
Não criticam, não refilam, não aparecem nos momentos decisivos. Não são coerentes, criticaram muito Paiva e os seus, mas deram-lhe novamente a maioria. Como saber o que os tomarenses pensam se quando muito, o dizem apenas em surdina, à mesa do café?
E por favor, não me digam que abaixo-assinados são participação cÃvica, que essa é uma visão muito redutora da Cidadania e da Democracia.
Facto: para um problema que não criou mas quer ajudar a resolver, o PS apresentou uma proposta.
Facto: para que essa proposta fosse viável, teria que envolver um terreno que fosse de fácil “manejo� para a autarquia.
Facto: em reunião de Câmara o PS apresentou os dois possÃveis, o do Horto Municipal em Marmelais, que é do Estado; e o da Machuca que é da Autarquia.
Premissa: que seja um parque dotado de todas as condições para uma boa prática de campismo e caravanismo; que consiga atrair novos públicos; que consiga minimizar os efeitos negativos da imagem que o fecho mal planeado do anterior causou; que esteja pronto antes da próxima festa dos Tabuleiros; e que por ele, sejam revistos o sistema de transportes, incluindo nessa revisão, toda a área envolvente, área essa de expansão da cidade, de toda aquela zona da Freguesia de São João que não tem transportes condignos.
Esclarecimento: quando aqui estamos a falar do terreno da Machuca, não falamos do mesmo terreno onde ocorreu corte ilegal de sobreiros. (no jornal aparece aqui, sei lá vindo de onde, um ponto de interrogação)
Teremos efectivamente parque de campismo na próxima Festa dos Tabuleiros? Será um bom parque? Ajudará a economia e a vertente turÃstica do concelho? – Não sei, não sabemos. Reafirme-se, em Tomar não é o PS quem decide nem quem executa.
Os tomarenses acham errada a ideia? Bem, era bom que em vez de culparem os polÃticos por tudo, começassem a fazer ouvir a vossa voz. Escrevam cartas, falem para os jornais e para as rádios, vão bater à porta da autarquia e dos partidos. Mostrem que estão minimamente preocupados. No PS acreditem, têm um espaço onde temos todo o interesse em acolher as vossas contribuições.
É que às tantas, nós “os maus da fita�, de tão “Santo Antónios� parecer-mos, começamos a ficar um pouco cansados de andar a pregar aos peixes...
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