publicado no jornal Cidade de Tomar de 24 de Junho de 20o5
Depois de esclarecidos (alguns d)os nomes, que infelizmente cativam mais as pessoas que as ideias, é tempo de falar destas.
Para se preparar um projecto, para se planear uma acção, é sempre necessário fazer um diagnóstico da situação, perceber donde e como partimos, ou seja, no caso concreto, analisar a autarquia que temos, para podermos evoluir para a que queremos.
Em poucas palavras, para não me alongar em considerações que são crÃticas, e porque estas mesmas crÃticas, as consegue fazer (e faz) qualquer cidadão minimamente esclarecido, direi que o diagnóstico da actual autarquia é o seguinte:
- Uma autarquia afastada dos problemas das pessoas, que não ouve os seus cidadãos e que pretende impor-lhes a sua vontade, como a um rebanho que é preciso pastorar.
- Uma autarquia que esqueceu a sua zona rural, e que cuja polÃtica de acção é a do “canteiro e do candeeiroâ€�, ou seja, a execução de fachada que faz obras supostamente bonitas ou facilmente visÃveis e que por isso conquistam votos, mas onde os problemas estruturais e muito mais difÃceis de resolver são esquecidos.
Que problemas estruturais são estes? Os que em verdade demonstram da viabilidade (ou falta dela) de um concelho e da sua esperança num futuro, ou seja, desenvolvimento económico com criação de emprego e riqueza, fixação dos jovens e cativação de novos habitantes, para as quais contribui também a habitação, seja no preço no espaço urbano, seja nas demoradas e complicadas burocracias para a construção no espaço rural. E ainda as acessibilidades. É preciso não esquecer que a IC3 que temos foi conquista de outra Câmara, e que só agora quase oito anos depois, finalmente se completa a ligação do Moinho Novo com a A23. Isto demonstra que ao contrário do que alguns afirmam, o actual poder autárquico tomarense não tem sido capaz de influenciar decisões ao nÃvel do poder central.
Sabendo isto, é então necessário saber onde queremos chegar de forma a sabermos em que pressupostos se baseará o nosso plano de acção, ou no caso, a agenda, o projecto que poremos à votação dos Tomarenses, e que avaliarão ser ou não o que mais corresponde aos seus interesses, ao interesse de todos.
Que autarquia queremos então? Uma autarquia que promova a acção, que estimule, e que não entrave as iniciativas, os projectos, as ideias dos seus cidadãos, quer individuais, quer agrupados em, por exemplo, empresas.
Um poder autárquico (na câmara como nas juntas) centrado nas pessoas, no aumento da sua qualidade de vida, da sua liberdade de escolha, na sua liberdade de decisão e actuação.
Uma autarquia próxima dos seus cidadãos, e para isso, também as juntas de freguesia tem um muito importante papel, ao qual a Câmara deve corresponder. As juntas não podem servir apenas para passar a licença do cão e o cartão de eleitor.
Porque há-de um cidadão deslocar-se das Olalhas a Tomar por causa da água, da luz ou do pedido duma caderneta predial por exemplo? Faz isto sentido no momento de cada vez maior capacidade tecnológica e de comunicação em que vivemos? Mas para que isso se modifique, é preciso apetrechar melhor as juntas, protocolar com elas, dar-lhes mais poderes efectivos.
Protocolar mais com as juntas é dar-lhes mais responsabilidades e ampará-las nessas competências, por exemplo nos jardins, nos arranjos exteriores, e em muitos dos serviços de “secretariaâ€�: licenças, certidões, pagamento de contas, entre outros. Cada junta deve ser um braço da Câmara, uma embaixada desta que chega quase à porta de cada um. Uma verdadeira polÃtica de proximidade.
Em resumo, estes são os pressupostos ou a concepção genérica e de suporte do projecto, da agenda que queremos apresentar: dar liberdade aos cidadãos, permitir a iniciativa individual e colectiva destes, ser essencialmente um apoio, um estÃmulo aos projectos dos Tomarenses. Ter uma autarquia que ouça, que recomende, que incentive, que auxilie, que colabore.
Ter um plano estratégico sim, um plano de acção, mas que não atrofie, faça frustrar ou fugir os Tomarenses, que faça sim surgir neles o seu melhor, as suas ideias, os seus projectos, a vontade de investir e realizar obra nesta terra.
E para tal é preciso ter na autarquia uma equipa disponÃvel, multifacetada, equilibrada, enérgica, determinada.
Dessa equipa fazem parte o Presidente e a Vereação, a Assembleia Municipal, as Juntas, os técnicos, os funcionários.
Porque se o concelho de Tomar quer sobreviver, quer emergir do buraco onde vai caindo, quer ter futuro, aquilo que precisa é de uma grande equipa orientada sobre o mesmo propósito, uma equipa de gente que ame esta terra, que não fuja quando o projecto terminar, uma equipa com uma missão.
Uma Equipa, para Um Projecto de Todos.
Hugo Cristóvão
Depois de esclarecidos (alguns d)os nomes, que infelizmente cativam mais as pessoas que as ideias, é tempo de falar destas.
Para se preparar um projecto, para se planear uma acção, é sempre necessário fazer um diagnóstico da situação, perceber donde e como partimos, ou seja, no caso concreto, analisar a autarquia que temos, para podermos evoluir para a que queremos.
Em poucas palavras, para não me alongar em considerações que são crÃticas, e porque estas mesmas crÃticas, as consegue fazer (e faz) qualquer cidadão minimamente esclarecido, direi que o diagnóstico da actual autarquia é o seguinte:
- Uma autarquia afastada dos problemas das pessoas, que não ouve os seus cidadãos e que pretende impor-lhes a sua vontade, como a um rebanho que é preciso pastorar.
- Uma autarquia que esqueceu a sua zona rural, e que cuja polÃtica de acção é a do “canteiro e do candeeiroâ€�, ou seja, a execução de fachada que faz obras supostamente bonitas ou facilmente visÃveis e que por isso conquistam votos, mas onde os problemas estruturais e muito mais difÃceis de resolver são esquecidos.
Que problemas estruturais são estes? Os que em verdade demonstram da viabilidade (ou falta dela) de um concelho e da sua esperança num futuro, ou seja, desenvolvimento económico com criação de emprego e riqueza, fixação dos jovens e cativação de novos habitantes, para as quais contribui também a habitação, seja no preço no espaço urbano, seja nas demoradas e complicadas burocracias para a construção no espaço rural. E ainda as acessibilidades. É preciso não esquecer que a IC3 que temos foi conquista de outra Câmara, e que só agora quase oito anos depois, finalmente se completa a ligação do Moinho Novo com a A23. Isto demonstra que ao contrário do que alguns afirmam, o actual poder autárquico tomarense não tem sido capaz de influenciar decisões ao nÃvel do poder central.
Sabendo isto, é então necessário saber onde queremos chegar de forma a sabermos em que pressupostos se baseará o nosso plano de acção, ou no caso, a agenda, o projecto que poremos à votação dos Tomarenses, e que avaliarão ser ou não o que mais corresponde aos seus interesses, ao interesse de todos.
Que autarquia queremos então? Uma autarquia que promova a acção, que estimule, e que não entrave as iniciativas, os projectos, as ideias dos seus cidadãos, quer individuais, quer agrupados em, por exemplo, empresas.
Um poder autárquico (na câmara como nas juntas) centrado nas pessoas, no aumento da sua qualidade de vida, da sua liberdade de escolha, na sua liberdade de decisão e actuação.
Uma autarquia próxima dos seus cidadãos, e para isso, também as juntas de freguesia tem um muito importante papel, ao qual a Câmara deve corresponder. As juntas não podem servir apenas para passar a licença do cão e o cartão de eleitor.
Porque há-de um cidadão deslocar-se das Olalhas a Tomar por causa da água, da luz ou do pedido duma caderneta predial por exemplo? Faz isto sentido no momento de cada vez maior capacidade tecnológica e de comunicação em que vivemos? Mas para que isso se modifique, é preciso apetrechar melhor as juntas, protocolar com elas, dar-lhes mais poderes efectivos.
Protocolar mais com as juntas é dar-lhes mais responsabilidades e ampará-las nessas competências, por exemplo nos jardins, nos arranjos exteriores, e em muitos dos serviços de “secretariaâ€�: licenças, certidões, pagamento de contas, entre outros. Cada junta deve ser um braço da Câmara, uma embaixada desta que chega quase à porta de cada um. Uma verdadeira polÃtica de proximidade.
Em resumo, estes são os pressupostos ou a concepção genérica e de suporte do projecto, da agenda que queremos apresentar: dar liberdade aos cidadãos, permitir a iniciativa individual e colectiva destes, ser essencialmente um apoio, um estÃmulo aos projectos dos Tomarenses. Ter uma autarquia que ouça, que recomende, que incentive, que auxilie, que colabore.
Ter um plano estratégico sim, um plano de acção, mas que não atrofie, faça frustrar ou fugir os Tomarenses, que faça sim surgir neles o seu melhor, as suas ideias, os seus projectos, a vontade de investir e realizar obra nesta terra.
E para tal é preciso ter na autarquia uma equipa disponÃvel, multifacetada, equilibrada, enérgica, determinada.
Dessa equipa fazem parte o Presidente e a Vereação, a Assembleia Municipal, as Juntas, os técnicos, os funcionários.
Porque se o concelho de Tomar quer sobreviver, quer emergir do buraco onde vai caindo, quer ter futuro, aquilo que precisa é de uma grande equipa orientada sobre o mesmo propósito, uma equipa de gente que ame esta terra, que não fuja quando o projecto terminar, uma equipa com uma missão.
Uma Equipa, para Um Projecto de Todos.
Hugo Cristóvão
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